O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu nesta quinta-feira (30) que a população tem razão ao criticar a gestão federal. Segundo ele, não há como esperar aprovação popular se o governo ainda não cumpriu todas as promessas feitas durante a campanha eleitoral. No entanto, minimizou os resultados das pesquisas de opinião, afirmando ser “muito cedo” para avaliar sua administração.
Durante entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, Lula destacou que o primeiro ano de qualquer governo gera “muita expectativa”. Segundo ele, é natural que, com o passar do tempo, a população comece a avaliar se essas expectativas estão sendo atendidas.
“Eu dizia ao [ex-ministro Paulo] Pimenta ‘não se preocupe com pesquisa’. Porque o povo tem razão, a gente não tá entregando aquilo que a gente prometeu. Então, como o povo vai falar bem do governo se a gente não tá entregando? É preciso ter muita paciência”, declarou o presidente.
Queda na aprovação do governo
Na última segunda-feira (27), uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest apontou uma queda de cinco pontos percentuais na aprovação do governo Lula, atingindo 47%. Esse foi um marco importante, pois, pela primeira vez desde o início da série histórica em fevereiro de 2023, a desaprovação (49%) superou a aprovação.
Mesmo diante desses números, o presidente reforçou que não se preocupa com pesquisas. “A pesquisa não é feita para você gostar ou não gostar. Ela é feita, quando você é responsável, para você analisar e verificar se aquilo tem um fundo de verdade e começar a fazer as correções necessárias”, explicou.
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Outro ponto abordado por Lula foi a alta nos preços dos alimentos, um fator que tem impactado negativamente a popularidade do governo. O presidente garantiu que não tomará medidas de “bravata” para conter os preços, mas reforçou o compromisso de trabalhar para cumprir as promessas de campanha.
“O que eu falar para vocês, quero que anotem, porque cada coisa que eu falar nós vamos entregar”, afirmou Lula, reforçando que está atento às demandas da população.
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Para Lula, o próximo ano será crucial para o sucesso de seu mandato. Ele classificou 2025 como o ano da “colheita”, momento em que as políticas implementadas deverão começar a dar resultados mais concretos para a população.
“Tenho consciência do que nós estamos fazendo, mas muita consciência. Por isso é que eu não gosto de fazer bravata. Eu tenho consciência e cada coisa que eu falar nós vamos entregar”, garantiu.
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