Lula
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quinta-feira (4) a mobilização de apoiadores contra o projeto de anistia a condenados por atos golpistas. Em conversa com ativistas na comunidade Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte (MG), ele afirmou que existe risco de o Congresso aprovar a proposta.

Apesar de reconhecer que o Parlamento tem colaborado com o governo em várias votações, Lula alertou para a força da extrema-direita. “É uma batalha que tem que ser feita também pelo povo”, declarou.

A fala surgiu em meio às articulações da oposição para votar um projeto que pode perdoar envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e, em caso de condenação, beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e envolvidos.

Engajamento das periferias

O presidente reforçou em seu pedido que as comunidades precisam se engajar em temas nacionais. Segundo ele, este é um momento em que é necessário “politizar nossas comunidades”.

Lula também voltou a criticar os “falsos patriotas”, referindo-se a brasileiros que estariam pedindo interferência do presidente norte-americano Donald Trump no Brasil. O presidente ainda ironizou as pessoas que antes se apresentavam como defensores da bandeira nacional agora recorrem ao símbolo americano para pedir apoio externo.

Críticas à família Bolsonaro

Nos últimos meses, Lula tem intensificado as críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive nos Estados Unidos há seis meses e defende retaliações a autoridades brasileiras envolvidas no julgamento do pai.

A tensão entre os dois países aumentou em agosto, quando Trump determinou sobretaxa de 50% sobre a entrada de produtos brasileiros, como forma de pressionar pelo fim dos processos contra o ex-presidente.

Comunicação com as comunidades

A primeira-dama, Janja da Silva, também participou da conversa e reforçou o pedido de apoio para ampliar a comunicação do governo. Segundo ela, não é suficiente depender apenas da produção da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) ou de conteúdos institucionais para redes sociais, é necessário ter voz.

Janja ressaltou a importância de retomar práticas de comunicação direta, como o boca a boca, realizadas antes da popularização da internet, especialmente nas periferias.

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