Lula e Boulos
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta segunda-feira (20) a nomeação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) para o comando da Secretaria-Geral da Presidência da República, em substituição a Márcio Macêdo, que ocupava o cargo desde o início do governo.

A decisão foi tomada após reunião entre Lula, Boulos, Macêdo e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social), no Palácio do Planalto. A nomeação será publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (21).

“Convidei o deputado Guilherme Boulos para assumir o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele vai substituir o companheiro Márcio Macêdo na função, a quem agradeço por todo o trabalho realizado para a ampliação e o fortalecimento da participação social em nosso governo”, declarou Lula nas redes sociais.

Estratégia política e diálogo social

A troca na Esplanada já vinha sendo discutida há meses e reflete uma estratégia política do governo. Segundo analistas, a chegada de Boulos à Secretaria-Geral busca aproximar o Planalto dos movimentos sociais e do eleitorado popular, em um movimento que também tem como pano de fundo as eleições de 2026.

A pasta é responsável por articular as agendas do presidente com representantes da sociedade civil, incluindo movimentos como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), do qual Boulos é um dos principais líderes nacionais.

Quem é Guilherme Boulos?

Nascido em São Paulo, Boulos tem 43 anos, é filósofo formado pela USP e mestre em Psiquiatria pela mesma universidade. Em 2022, foi eleito deputado federal mais votado do estado, com 1.001.472 votos.

Figura de destaque na esquerda brasileira, disputou a Presidência da República em 2018 e concorreu à Prefeitura de São Paulo em 2020 e 2024, chegando ao segundo turno em ambas as eleições.

Em sua biografia oficial, Boulos afirma ter se dedicado por mais de duas décadas à “luta social por moradia digna e reforma urbana no Brasil”.

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