
O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (21) que espera concluir a vacinação contra a Covid19 dos grupos prioritários somente em setembro. A nova estimativa do governo federal é um adiamento em relação ao que previa o ex-ministro general Eduardo Pazuello, de que seria em maio.
Agora, o ministério diz que todas as pessoas que se encaixam nos critérios de prioridade devem receber a primeira dose até a 1ª quinzena de julho. O prazo para concluir a vacinação é setembro, segundo a pasta, porque o intervalo entre as doses da vacina de Oxford/Astrazeneca é de até 3 meses.
Apesar da estimativa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que ainda não irá divulgar uma nova atualização do cronograma de entregas de vacinas aos estados, o que tem sido alvo de cobrança pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em atualização recente do documento, feita em 19 de março, ainda constam a entrega de vacinas que não foram nem autorizadas para uso no Brasil, além de divergências como a previsão de entregas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para abril, o ministério da Saúde prevê 21 milhões de doses, mas a fundação promete entregar 18,8 milhões.
“(O cronograma) será atualizado dentro do prazo estabelecido”, disse Queiroga após ser perguntado sobre quando uma nova versão do documento seria divulgada. Na terça-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, deu prazo de cinco dias para o governo federal se manifestar em uma ação movida pela Rede Sustentabilidade que cobra a divulgação detalhada do cronograma de recebimento de vacinas.
Falha na previsão de Pazuello
Em 15 de março, no dia em que a sua substituição foi anunciada, o ministro afirmou que era provável o fim da vacinação dos grupos prioritários ainda em maio.“Nós vamos vacinar, até o final de abril próximo de 88% dos grupos prioritários. É muito provável que em maio já tenhamos vacinado todos os grupos prioritários”, disse Pazuello. De acordo com os dados mais recentes, 27 milhões de pessoas tomaram ao menos uma dose da vacina.