Presidente Jair Bolsonaro
Foto: Agência Brasil

Durante solenidade no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro em seu discurso afirmou que “nada não está tão ruim que não possa piorar”, onde estavam presentes ministros e parlamentares da base do governo. “Alguém acha que eu não queria a gasolina a R$ 4? Ou menos? O dólar R$ 4,50 ou menos? Não é maldade da nossa parte. É uma realidade. E tem um ditado que diz: ‘Nada não está tão ruim que não possa piorar’. Nós não queremos isso”, afirmou.

Vale lembrar que, na última sexta-feira (24), o preço médio da gasolina era R$ 6,09, e, nesta segunda, o dólar é cotado a R$ 5,37.

Durante o discurso, momentos antes de se referir ao preço da gasolina e à cotação do dólar, o presidente faz menções aos governos petistas. “Se a facada [que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018] fosse decisiva naquele momento, é só imaginar quem estaria no meu lugar. O perfil dessa pessoa, o seu alinhamento com outros países do mundo, em especial, aqui da América do Sul, onde nós estaríamos agora”, afirmou em um trecho da fala, depois de se referir à Venezuela.

Em outro ponto, ele se exime de responsabilidade pela situação econômica do país: “Mil dias de governo com uma pandemia que muitos acham que o que acontece hoje no tocante à economia — inflação, preço de combustíveis, de alimentos, entre outros problemas — está acontecendo porque eu sou presidente. E não, em grande parte, pelo que nós passamos e estamos passando ainda.”

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No discurso, ele também se refere aos anos de governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff: “Você já sabe qual o filme do futuro porque você viveu 14 anos passados esse filme. E pode ter certeza, não serão apenas mais 14 anos. Serão no mínimo 50. É isso que queremos para a nossa pátria?”.

O discurso culmina com o comentário sobre a gasolina e o dólar: “Nada não está tão ruim que não possa piorar”, afirmou, antes de fazer menção a uma passagem bíblica e encerrar o pronunciamento. Na mesma cerimônia, Bolsonaro também disse que as Forças Armadas não cumprirão eventual ordem dele ou de outro governante considerada “absurda” e assinou a revogação de 892 decretos com normas consideradas desnecessárias por já terem perdido validade ou eficácia.