Albino vereador
Foto: Reprodução/TV Câmara

Polêmica na Guarda

Seis vereadores da Câmara Municipal de Jundiaí se revoltaram com acusação feita por um guarda municipal (não identificado) num grupo de WhatsApp, de que os parlamentares teriam se recusado a votar a favor de uma moção de apoio à aposentadoria especial das corporações de todo o Brasil. O projeto é do senador Paulo Paim (PT) e a moção foi apresentada pelo vereador Antonio Carlos Albino (PSL), na sessão passada (veja vídeo).

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De acordo com a denúncia, levantada no plenário pelo presidente da Câmara, Faouaz Taha (PSDB), e seguida pelos outros cinco vereadores envolvidos, uma folha de sulfite com o nome dos seis parlamentares também teria sido afixada na sede da GM, sob alegação de que todos teriam sido “contra a aposentadoria dos guardas”. Os citados não participaram da votação da moção (não estavam no plenário no momento em que o tema entrou em discussão).

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“Quero deixar claro que ninguém votou contra. Aqui todos os vereadores são favoráveis e apoiam a Guarda, jamais alguém iria votar contra algo relacionado à corporação. O presidente não tem direito a voto e isso tem de ser esclarecido… mais decência e inteligência, também, já que o sujeito escreveu tudo num grupo de WhatsApp e foi printado”, declarou Faouaz.

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Os outros cinco vereadores citados na denúncia feita pelo GM são: Paulo Sérgio Martins (PSDB), Roberto Conde Andrade (REP), Madson Henrique (PSC), Leandro Palmarini (PSL) e Enivaldo Ramos de Freitas, o Val (PSC). Faouaz disse ainda que foram chamados o comandante da GMJ, Benedito Moreno, e o subcomandante Sandro Vilas Boas na sessão para que os esclarecimentos pudessem ser feitos à corporação.

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Em meio a palavras como “canalhice”, “laranja podre” e politicagem ditas pelos legisladores atingidos com a denúncia, o autor da moção tentou acalmar os ânimos. “Quero me solidarizar com os amigos. Algumas pessoas nos ligaram (perguntando) sobre a votação, que está na internet e todo mundo tem acesso. Alguém na Guarda deve ter ficado descontente e é um direito (poder) se manifestar. Não acredito que partiu daqui de dentro e se alguém disse que está saindo daqui, que prove, então! Não pode ficar esse mimimi, seja homem”.

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A fala incitou ainda mais os ânimos. “Isso é grave! Ninguém está fazendo mimimi, não tem showzinho, aqui, não. Me senti ofendido e chamei o comandante para esclarecer. Fomos acusados de votar contra a moção, o que é mentira! Já apresentei os prints ao comandante da Guarda, minha parte eu já fiz”, afirmou Faouaz. Romildo Antonio, companheiro de partido de Albino, também cobrou transparência: “Como foi citado que teria partido daqui, gostaria de saber quem foi o vereador que levou isso à Guarda. Tem de corrigir para que não aconteça mais”. Não houve informação se será aberta uma sindicância para apurar o caso.

Prefeito na Casa

Em meio ao tiroteio verbal por conta da polêmica, o prefeito Luiz Fernando Machado (PSDB) e o gestor de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi, entregaram aos vereadores o PPA (Plano Plurianual) 2022/2025. No discurso, Luiz Fernando citou os recentes avanços da cidade nos índices de qualidade de vida e também na prestação de serviços, como a Saúde, que tem sido replicada por outros municípios em ações no combate ao novo coronavírus.

Puxão de orelha

O vereador Adilson Roberto Pereira Junior, o Juninho (PP), arrancou risos dos demais parlamentares ao declarar que vai participar das manifestações do dia 7 de setembro, mas que não estará em São Paulo (onde deve acontecer uma grande concentração de apoiadores do movimento). “Confesso que a minha mãe não gostou muito da ideia”, disse ele, na tribuna.