Recentemente, um grupo de médicos e cientistas protocolaram mais um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro na Câmara. De acordo com o pedido, Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade na condução da pandemia do novo coronavírus.
Embasando a solicitação, os especialistas da saúde listaram várias declarações públicas e ações do presidente desde março de 2020 até o dia 20 de janeiro deste ano. Um dos exemplos é a frase citada por Bolsonaro quando questionado sobre o número elevado de mortes pela doença no Brasil. Na ocasião, o presidente disse “Não sou coveiro”.
Além disso, o pedido de impeachment lembra das declarações de Bolsonaro contra as medidas de isolamento social. Também destacam as vezes em que o presidente da República minimizou os impactos da doença. De acordo com os médicos e cientistas, Bolsonaro “usou seus poderes legais e sua força política para desacreditar medidas sanitárias de eficácia comprovada e desorientar a população cuja saúde deveria proteger”.
Assim, o pedido também afirma que o negacionismo de Bolsonaro tem custado a vida dos brasileiros. “O Sr. Jair Messias Bolsonaro insistiu em arrastar a credibilidade da Presidência da República (e, consequentemente, do Brasil) a um precipício negacionista que implicou (e vem implicando) perda de vidas e prejuízos incomensuráveis, da saúde à economia”, diz um trecho do documento.
Dessa forma, cabe ao novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidir se aceita ou não o pedido de impeachment. A princípio, Bolsonaro já tem mais de 60 pedidos de impeachment protocolados. Lira é aliado do presidente da República, o que pode tê-lo ajudado a conseguir o cargo na Câmara.