
O ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, confessou ter recebido R$ 300 mil em caixa 2 da empresa JBS durante as campanhas eleitorais em 2012 e 2014.
A admissão faz parte de um acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e garante que o criminoso não seja punido desde que admita a prática de crime sem violência ou grave ameaça com pena mínima inferior a quatro anos. Onyx Lorenzoni também deverá pagar R$ 189 mil.
O acordo ainda precisará passar por homologação no STF (Supremo Tribunal Federal). A análise, segundo divulgou o UOL, será feita pelo ministro Marco Aurélio Mello.
O acordo é o primeiro do tipo realizado junto ao STF, e é possível graças à Lei Anticrime aprovada no final de 2019.
Caixa 2
A investigação sobre a participação de Onyx com caixa 2 foi reaberta após delação de executivos da J&F, dono da JBS, em 2017.
Na época, o atual ministro confessou à imprensa ter recebido R$ 100 mil não declarados à Justiça Eleitoral em 2014 e pediu desculpas. Ele acrescentou dizendo que desconhecia origem do dinheiro, utilizado para quitar dívidas com fornecedores.
“Quero pedir desculpas ao eleitor que confia em mim pelo erro cometido. Mas vou assumir lá na frente do Ministério Público e do juiz do caso. […] Vou falar a verdade, mesmo que essa verdade seja dura contra mim”, afirmou em 2017.
Na delação, no entanto, a J&F afirmou que em 2014, Onyx recebeu o valor de R$ 200 mil. Dois anos antes, em 2012, foram pagos R$ 100 mil. Onyx admitiu ambos os recebimentos para seguir com o acordo de não persecução penal.
“Afirmamos que nosso cliente decidiu procurar as autoridades com a intenção de colaborar e dar um desfecho final ao processo. Recordamos também que, quando a delação da JBS veio a público, o Deputado Onyx desconhecia a origem do recurso”, publicou a defesa do ministro.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		