
O Ministério Público Federal (MPF) afirma que há “provável envolvimento da cúpula do Poder Executivo fluminense” em supostos desvios na área de saúde.
Nesta terça-feira, o MPF fez o pedido de busca e apreensão da Operação Placebo contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) e outros alvos.
Os investigadores dizem que há “prova robusta de fraudes” e indícios da participação ativa de Witzel nos contratos suspeitos com os hospitais de campanha que seriam usados no combate ao novo coronavírus.
As informações constam na decisão do STJ que autorizou a ação, assinada pelo ministro Benedito Gonçalves.
A busca foi realizada no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, na casa onde ele morava no Grajaú, entre outros endereços. Durante a operação, celulares e computadores foram apreendidos, inclusive da primeira-dama Helena Witzel.
Ação tem como foco um dos alvos a Organização Social Iabas, que é responsável pela construção dos hospitais de campanha, que ainda não foram entregues à população. O investimento é de R$ 835 milhões.
“O MPF imputa indícios de participação ativa do governador do Estado quanto ao conhecimento e ao comando das contratações realizadas com as empresas ora investigadas”, diz o ministro, segundo reportagem do portal de notícias ‘G1’.
Witzel nega qualquer irregularidade e afirma que todos os seus sigilos estão abertos. ““Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal”.
Já a organização investigada forneceu às autoridades todas informações sobre a contratação.
No entanto, a decisão do STJ, com base no relato do MPF, aponta “a existência de fraudes e provável envolvimento da cúpula do Poder Executivo fluminense”.
Com informações do portal de notícias ‘G1’.