Nos próximos dias, partidos da oposição devem protocolar um pedido coletivo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Para isso, os 119 deputados usam o argumento de que Bolsonaro cometeu “crimes de responsabilidade em série” conduzindo a pandemia do novo coronavírus.
O pedido, assinado pelos partidos Rede, PSB, PT, PDT e PCdoB, cita o colapso recente no sistema de saúde em Manaus. Além disso, os solicitantes dizem ter passado a hora de o Congresso reagir.
De acordo com a nota conjunta dos partidos, “o presidente da República deve ser política e criminalmente responsabilizado por deixar sem oxigênio o Amazonas, por sabotar pesquisas e campanhas de vacinação, por desincentivar o uso de máscaras e incentivar o uso de medicamentos ineficazes, por difundir desinformação, além de violar o pacto constitucional entre União, Estados e Municípios”. No pedido, os partidos defendem a volta imediata dos trabalhos do Congresso.
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Assim, a Câmara já acumula mais de 50 pedidos de impeachment desde o início do mandato do presidente. Dessa forma, cabe ao presidente da Casa analisar e iniciar os processos que podem acabar com a presidência de Bolsonaro antes do prazo.
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, disse que a decisão não caberia a ele, e sim ao próximo presidente, a ser eleito em fevereiro.
“Disse que esse assunto vai ser discutido no futuro, porque tem parte da sociedade que cobra. Não sou eu mais que vou tratar desse assunto. Eu foquei o meu trabalho no último ano na pandemia”, afirmou. “Achei que era a prioridade, e foi isso que fiz. Acho que o Parlamento tem que voltar a funcionar independente de qualquer decisão sobre esse tema no futuro.”
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