
A Polícia Federal (PF) concluiu uma segunda investigação que aponta, novamente, não haver mandantes do atentado contra Jair Bolsonaro.
O presidente foi esfaqueado durante um ato de sua companha eleitoral na cidade de Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro de 2018.
O inquérito aberto sobre o caso, entregue à Justiça Federal em Minas Gerais, diz que Adélio Bispo de Oliveira “atuou sozinho, por iniciativa própria, tendo sido o responsável pelo planejamento da ação criminosa e sua execução”.
O primeiro inquérito, finalizado ainda em 2018, apresentava a mesma conclusão.
A investigação do atentado foi um dos motivos de discórdias entre o presidente e o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.
No depoimento à PF, o ex-ministro disse que Bolsonaro teve acesso ao trabalho de investigação sobre o caso. Ele ainda revelou que o presidente alegou uma “suposta falta de empenho” da PF para trocar o comando da corporação.
Moro ainda disse que Bolsonaro “não apresentou qualquer contrariedade em relação ao que lhe foi apresentado”.
O ex-integrante do governo disse que a apresentação das informações foi realizada porque entendeu que “não havia sigilo legal” no caso, por Bolsonaro ser a vítima e por envolver a segurança nacional.
Antes da conclusão do segundo inquérito do caso da facada, presidente disse no final de abril que reabriria o caso. “O que for possível a Polícia Federal fazer, dentro da legalidade, para apurar quem pagou o Adélio para me matar”, disse a jornalistas.
No ano passado, a Justiça Federal considerou Adélio Bispo inimputável por transtorno mental. Ele foi diagnosticado com transtorno delirante persistente e cumpre internação no Hospital Psiquiátrico de Custódia Jorge Vaz, em Barbacena (MG).
Apesar do segundo inquérito, a defesa do presidente não recorreu a decisão de pena de Adélio.
Com informações do portal de notícias ‘UOL’.