Bolsonaro em cerimonia no Palácio do Planalto. (Foto: Divulgação)
Bolsonaro em cerimonia no Palácio do Planalto. (Foto: Divulgação)

No mesmo evento em que o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil tem que “deixar de ser um país de maricas” e enfrentar a pandemia de Covid-19 de “peito aberto”, nesta terça-feira (10), ele também afirmou que “quando acaba a saliva, tem que ter pólvora” ao se referir à Amazônia e a Joe Biden, mas sem citar nome.

Ainda como candidato, o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que buscaria “organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões para a Amazônia“. Afirmou ainda que o Brasil pode enfrentar “consequências econômicas significativas” se não parar de “destruir” a floresta.

Bolsonaro, sem citar o nome de Biden, declarou nesta terça-feira no Planalto:

“Assistimos há pouco aí um grande candidato a chefia de Estado dizer que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele levanta barreiras comerciais contra o Brasil. E como é que podemos fazer frente a tudo isso? Apenas a diplomacia não dá, não é, Ernesto? Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão, não funciona. Não precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo. Ninguém tem o que nós temos.”

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Em debate com o adversário Donald Trump, candidato à reeleição, durante a campanha eleitoral, Biden afirmou:

“O Brasil, a floresta tropical do Brasil, está sendo demolida, está sendo destruída. Mais carbono é absorvido naquela floresta tropical do que cada pedacinho de carbono que é emitido nos Estados Unidos. Em vez de fazer algo a respeito… Eu estaria me reunindo e garantindo que os países do mundo venham com US$ 20 bilhões e digam: ‘Aqui estão US$ 20 bilhões. Pare, pare de derrubar a floresta, e, se não fizer isso, você terá consequências econômicas significativas’.”

Bolsonaro declarou publicamente, diversas vezes, que apoiava a reeleição de Trump. O presidente chegou a dizer que iria à posse de colega norte-americano para o segundo mandato.

Até esta terça, nem Trump, nem Bolsonaro haviam reconhecido publicamente a vitória de Joe Biden na eleição nos Estados Unidos.

Com informações do G1.