Sem citar nomes, o presidente Jair Bolsonaro disse no domingo (5) que integrantes do governo “viraram estrelas” e que a hora deles vai chegar. Em tom de ameaça, ele disse não ter “medo de usar a caneta”.
“[De] algumas pessoas do meu governo, algo subiu à cabeça deles. Estão se achando demais. Eram pessoas normais, mas, de repente, viraram estrelas, falam pelos cotovelos, tem provocações. A hora D não chegou ainda não. Vai chegar a hora deles, porque a minha caneta funciona”, afirmou Bolsonaro a um grupo de religiosas que cercava o Palácio da Alvorada, segundo a ‘Folha de S. Paulo’.
Ele ainda completou: “Não tenho medo de usar a caneta, nem pavor. E ela vai ser usada para o bem do Brasil. Não é para o meu bem. Nada pessoal meu”.
Nos últimos dias, o presidente vem se estranhando com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e chegou a afirmar que falta humildade no gestor da pasta.
A afirmação aconteceu após Bolsonaro contrariar as recomendações das autoridades de saúde nacionais e mundiais, como medidas de isolamento social, aplicadas para evitar a propagação do novo coronavírus.
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O presidente já demitiu quatro ministros, Gustavo Bebianno, Ricardo Vélez, Santos Cruz e Osmar Terra, e deslocou outros três, Floriano Peixoto, Gustavo Canuto e Onyx Lorenzoni, desde que assumiu o poder, em 2019.
Ele justificou que as demissões ocorreram por ter escolhido errado. “Escolhi, critério técnico, errei alguns, alguns já foram embora. Estamos vivendo agora um novo momento”.
Após pronunciamento, Bolsonaro cumprimentou um pastor e não atendeu a pedidos de posar abraçado com fiéis. “Eu vou ser esculhambado pela imprensa”, disse a uma das mulheres que estavam no meio da multidão.
O presidente e apoiadores oraram, e ele chegou a ajoelhar no chão com eles. Ele estava de jejum desde a 0h de domingo e havia tomado apenas uma xícara de café, segundo o ex-deputado, Alberto Fraga.
Com informações da ‘Folha de S. Paulo’.
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