Senador Angelo Coronel comenta resultado de enquete do DataSenado: Maioria quer legalização dos jogos de azar

Nas últimas décadas, a legalização dos jogos de azar tem sido um dos assuntos mais polêmicos e debatidos na esfera pública legislativa. E, em fevereiro deste ano, o projeto de lei que regulamenta a prática finalmente foi aprovado pela Câmara dos Deputados, avançando para o Senado, onde aguarda a apreciação dos senadores.

Em março, o Instituto de Pesquisa DataSenado realizou uma enquete a respeito do Projeto de lei n° 2.648, de 2019, que dispõe sobre a exploração de cassinos em resorts, e do PL nº 442, de 1991, que revoga os dispositivos legais referentes à prática do jogo do bicho. Os cidadãos que participaram do censo concordaram com a legalização dos jogos de azar em sua maioria (58%), apesar do índice de rejeição também ser alto (42%).

O resultado foi tema de uma conversa entre o senador Angelo Coronel (PSD-BA) e o site de notícias do setor, o BNLData. O senador é defensor da legalização de todas as modalidades, e disse que a pesquisa reflete o desejo e a realidade da população.

“O Senado atesta com essa pesquisa o que a gente ouve da maioria da população nas localidades Brasil afora que a gente caminha. A enquete do DataSenado está aí comprovando que a maioria do povo brasileiro é a favor da legalização dos jogos. Ninguém está inventando jogo novo, está simplesmente legalizando o que vai gerar empregos para a população que está carente de novos postos de trabalho, vai gerar renda, vai gerar impostos para o governo aplicar nos programas sociais. Então nós precisamos realmente fazer uma força tarefa e aprovarmos o mais rápido possível a legalização dos jogos no Brasil”, afirmou o senador Angelo Coronel.

A opinião do político condiz com os fatos, já que hoje em dia o brasileiro pode encontrar opções ilegais na esquina de casa, assim como pode se divertir nas loterias da Caixa Econômica e com alternativas virtuais como os cassinos online, que ganharam um público considerável nestes últimos anos. Essas plataformas de jogatina trazem uma atmosfera semelhante à dos cassinos, com jogos como o poker, blackjack, bingo, e até mesmo produtos tipicamente brasileiros, como o jogo do bicho – tudo isso na palma da mão do usuário, que pode testar a sorte sem sair de casa.

Enquete do DataSenado

A enquete do DataSenado ficou disponível no portal entre os dias 07 de março e 02 de maio de 2022. Ela contou com 806 participantes no total.

Além de serem questionados sobre a legalização dos jogos no Brasil, os participantes tiveram que responder uma série de perguntas relacionadas ao tema. Por exemplo, uma das perguntas falava sobre a exploração de jogos de azar associada a resorts e complexos de lazer, e se esse tipo de empreendimento seria bom para o crescimento do turismo no país: 58% dos participantes disseram que sim, 40% que não, e o restante preferiu não responder.

A maioria dos internautas (61%) também acredita que os jogos aumentarão a arrecadação de impostos no país, enquanto 33% disseram que não. Quando questionados sobre o aumento de postos de trabalho, 57% afirmaram que eles iriam aumentar com a implementação de resorts, 22% disseram que os empregos permanecerão iguais, e 17% afirmaram que o número irá diminuir.

Apesar da maioria dizer que mais empregos provavelmente serão criados, e que essa será a principal consequência da legalização, 25% dos participantes temem que as famílias brasileiras perderão as suas riquezas por conta do vício em jogos. Também se acredita que os índices de depressão e suicídio serão maiores (8%), que haverá um aumento dos índices de violência familiar e contra a mulher (5%), e um aumento nos índices de alcoolismo e tabagismo (2%).

Vale ressaltar que os resultados refletem a opinião dos participantes do questionário, e não representam toda a população.