Presidente Donald Trump
Foto de Library of Congress na Unsplash

Neste sábado (13), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump recebeu absolvição pelos senadores em seu segundo processo de impeachment. O resultado não é novidade e já era aguardado. Isso porquê, para a aprovação, é necessário contar com pelo menos 17 votos de republicanos e 50 democratas. Assim, precisaria de uma maioria de dois terços para condená-lo.

Em uma primeira apreciação sobre a constitucionalidade do pedido de impeachment, nesta terça-feira, apenas seis republicanos se mostraram à favor do processo. Inicialmente, o Senado julga Trump por incitar insurreição. O ato teria ocorrido quando o ex-presidente discursou para apoiadores, no dia 6 de janeiro, em frente à Casa Branca.

Enquanto isso, congressistas oficializavam a vitória de Joe Biden sobre a presidência dos Estados Unidos, etapa formal da democracia do país. Em seguida do discurso de Trump, uma multidão de apoiadores invadiu o Capitólio e interrompeu a sessão. Ao final do ato, cinco pessoas morreram.

Além disso, os democratas pediam a cassação dos direitos políticos de Trump, caso o Senado o julgasse culpado. Assim, tornando-o inelegível. No entanto, com o apoio e lealdade da maioria dos senadores, a condenação não seguiu adiante.

Argumentação

Na sexta-feira (12), a defesa do ex-presidente alegou que a acusação dos democratas era uma “vingança política” e “descaradamente inconstitucional. A equipe também argumentou que Trump apenas se utilizou de uma mesma retórica usada por seus adversários políticos. “É uma tentativa de censurar e ‘cancelar’ não só Trump, mas todos os milhões de eleitores que votaram nele”, disse o advogado Michael van der Veen.

No dia 11 de fevereiro, os democratas da Câmara Baixa, que atuam como promotores no processo, finalizaram a argumentação depois de dois dias de apresentações. Estas incluíram vídeos do ataque à sede do Congresso.

De acordo com a alegação dos democratas, Donald Trump alimentou de propósito a tensão nacional, logo depois de perder as eleições presidenciais para Biden. Nas ocasiões, Trump utilizou uma campanha de alegação sem fundamento, denunciando fraudes eleitorais massivas.

Na invasão ao Capitólio, no dia 6 de janeiro, cinco pessoas, incluindo um policial e uma mulher baleada morreram durante a confusão. No julgamento, os “promotores” consideram que o antigo presidente é tão perigoso, que deveria ser banido novamente do cargo. Mas os advogados de defesa afirmam que o discurso de Trump foi retórico, e que este não pode ser responsabilizado pelos atos dos seus apoiadores.

[tdj-leia-tambem]

Com informações do G1