Silas Malafaia fala ao microfone durante evento, vestindo terno escuro e gravata bordô.
Pastor Silas Malafaia durante discurso em evento, dias antes de ser alvo de busca da Polícia Federal autorizada pelo STF. - Foto: © Marcos Corrêa/PR

A Polícia Federal realizou, nesta quarta-feira (20), uma operação de busca e apreensão contra o pastor Silas Malafaia, no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e incluiu medidas cautelares como a proibição de deixar o país.

Abordagem após desembarque de voo internacional

Silas Malafaia foi abordado por agentes federais logo após desembarcar de um voo vindo de Lisboa. O pastor foi conduzido para uma sala reservada nas dependências do aeroporto, onde prestou depoimento à Polícia Federal. Durante a abordagem, seus aparelhos celulares foram apreendidos.

Ação faz parte de investigação sobre tentativa de golpe

A operação da PF integra o inquérito PET nº 14129, que investiga tentativas de obstrução da Justiça no caso da suposta trama golpista. O ex-presidente Jair Bolsonaro é réu na Ação Penal nº 2668, relacionada à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Medidas cautelares impostas pelo STF

Além da apreensão dos dispositivos eletrônicos, Silas Malafaia foi alvo de outras medidas cautelares:

  • Proibição de deixar o país;
  • Impedimento de manter contato com outros investigados.

PGR aponta envolvimento ativo de Malafaia

Segundo parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), assinado em 15 de agosto, há evidências de que Silas Malafaia agiu como “orientador e auxiliar” das ações de coação e obstrução de investigações. Os envolvidos seriam os investigados Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro.

De acordo com o procurador-geral Paulo Gonet, as provas indicam que Malafaia e os demais agiram em conjunto para interferir de forma ilícita no andamento da ação penal. A atuação do pastor, portanto, está diretamente relacionada aos esforços para comprometer a Justiça.

Repercussão e próximos passos

O caso segue em sigilo parcial, mas as medidas adotadas demonstram o avanço das investigações. Silas Malafaia ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.

Para mais informações sobre o caso de Jair Bolsonaro, acesse nossa análise sobre a investigação do golpe de Estado.