
,O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou de uma manifestação na Avenida Paulista neste sábado (7) e defendeu a anistia para Jair Bolsonaro, ex-presidente da República e réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Durante o ato, ele também criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de tirano.
O evento, convocado pelo pastor Silas Malafaia, reuniu cerca de 42,2 mil pessoas, segundo cálculo do Monitor do Debate Político do Cebrap e da ONG More in Common. A manifestação teve como pauta central a anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, além de apoio ao ex-presidente.
Tarcísio critica Moraes e pede candidatura de Bolsonaro
Durante seu discurso, Tarcísio reagiu aos gritos de “fora, Moraes” com uma crítica direta ao magistrado: “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”. A fala inflamou o público presente, que exibiu faixas e entoou palavras de ordem contra o STF.
Além disso, o governador questionou as provas reunidas contra Bolsonaro e classificou a delação de Mauro Cid como mentirosa. Ele afirmou: “Não existe documento, não existe ordem. Como vou condenar uma pessoa sem nenhuma prova?”
Tarcísio defendeu ainda que Bolsonaro deveria estar na corrida presidencial de 2026. “É fundamental que tenhamos Bolsonaro na eleição do ano que vem. Só existe um candidato: Jair Messias Bolsonaro.”
Pressão por votação da anistia no Congresso
Durante o ato, Tarcísio puxou um coro para pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), a colocar em pauta a votação de um projeto de anistia. Segundo ele, “trazer a anistia para a pauta é trazer justiça”.
Outras figuras políticas também participaram da manifestação, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente do PL Valdemar Costa Neto e o governador de Minas Gerais Romeu Zema. Em seu discurso, Valdemar foi categórico: “Não temos plano B. Nosso plano é Bolsonaro presidente.”
Julgamento no STF e discussão no Senado
Na próxima terça-feira (9), o STF retomará o julgamento de Jair Bolsonaro e outros réus por tentativa de golpe após a eleição de 2022. A conclusão do processo está prevista para até sexta-feira (12). As penas podem somar até 43 anos de prisão, caso o ex-presidente seja condenado.
Enquanto isso, a discussão sobre a anistia também avança no Congresso Nacional. O PL, juntamente com União Brasil e PP, lidera a campanha a favor da medida, que ainda não foi votada. No Senado, há uma proposta alternativa que exclui Bolsonaro do benefício, mantendo penas mais brandas para os condenados.
O governo federal, por sua vez, é contra qualquer tipo de anistia. O presidente Lula, inclusive, pediu mobilização popular para barrar a proposta.
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		