Lula e Donald Trump lado a lado em montagem; Lula aparece com semblante amistoso, enquanto Trump exibe expressão séria.
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil | Divulgação/Equipe de Transição Donald Trump/Vance

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (23) que encontrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e que os dois se abraçaram. O republicano disse ainda que eles concordaram em realizar um encontro já na próxima semana.

“Eu o vi, ele me viu e nós nos abraçamos”, relatou Trump, acrescentando: “Nós concordamos que nos encontraremos na próxima semana. Não tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos”.

O presidente americano destacou a boa impressão do petista: “Ele pareceu ser um homem muito legal, na verdade. Ele gostou de mim, eu gostei dele. E eu só faço negócios com pessoas de quem gosto”. Trump também afirmou que teve “química excelente” com Lula.

Encontro nos bastidores da ONU

O encontro aconteceu durante a troca de lugares para os discursos de abertura. Tradicionalmente, o Brasil abre a Assembleia Geral da ONU, seguido pelos Estados Unidos. Segundo a correspondente da CNN, Priscila Yazbek, a reunião entre os dois pode ocorrer por telefone.

Enquanto isso, Trump acompanhou o discurso de Lula pelo telão e, logo após, os dois se cumprimentaram rapidamente.

Relações tensas entre Brasil e EUA

O anúncio acontece em meio a um cenário de tensão diplomática. Os Estados Unidos impuseram sanções contra autoridades brasileiras, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O governo americano afirma que Moraes viola direitos humanos e persegue opositores políticos, além de criticar a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe.

Washington também anunciou tarifas de 50% sobre alguns produtos brasileiros. Em resposta, Lula declarou que os EUA mantêm superávit no comércio bilateral e, em seu discurso na ONU, criticou “medidas unilaterais e arbitrárias” sem citar diretamente os norte-americanos.

Trump alerta sobre futuro do Brasil

Apesar da aproximação pessoal com Lula, Trump fez críticas duras: “O Brasil está indo mal e só irá melhorar se trabalhar com os Estados Unidos. Eles só conseguirão se sair bem quando trabalharem conosco; sem nós, eles fracassarão, assim como outros fracassaram”.

Segundo ele, o Brasil já impôs “tarifas injustas” contra os EUA no passado, e garantiu que continuará a defender a soberania e os direitos dos cidadãos americanos.

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Eduardo Bolsonaro elogia estratégia

Vivendo nos Estados Unidos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou que a promessa de encontro entre Trump e Lula reflete a habilidade do presidente americano em negociações.

“Nada do que aconteceu foi surpresa. Ele fez exatamente o que sempre praticou: elevou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações”, escreveu no X.

Eduardo também destacou as sanções contra a esposa de Moraes: “Ontem mesmo, sancionou a esposa do maior violador de direitos humanos da história do Brasil, um recado claro e direto”.

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