Abraham Weintraub, ministério da Educação
Weintraub disse estar com "um monte de processo no Comitê de Ética da Presidência". (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse, durante a reunião ministerial que ocorreu no último 22 de abril, que quer colocar na cadeia os ministros do Supremo Tribunal Federal.

“Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”, disse.

A gravação da reunião foi publicada pelo STF nesta sexta-feira (22), sob autorização do ministro do Supremo, Celso de Mello.

Na reunião, Weintraub disse, anteriormente à afirmação:

“A gente tá perdendo a luta pela liberdade. É isso que o povo tá gritando. Não tá gritando pra ter mais Estado, pra ter mais projetos, pra ter mais… o povo tá gritando por liberdade, ponto. Eu acho que é isso que a gente tá perdendo, tá perdendo mesmo. A ge… o povo tá querendo ver o que me trouxe até aqui. Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”.

Weintraub continuou:

“Eu vim aqui pra lutar, eu luto e me ferro. Eu tô com um monte de processo aqui no Comitê de Ética da Presidência. Eu sou o único que levou processo aqui. Isso é um absurdo. O que tá acontecendo aqui no Brasil; a gente tá conversando com quem a gente tinha que lutar. A gente não tá sendo duro o bastante contra os privilégios, com o tamanho do Estado. Odeio o partido comunista. Ele tá querendo transformar a gente numa colônia”, afirmou.

O ministro Celso de Mello, sobre este trecho, determinou que todos os ministros da Corte sejam oficiados para que, caso queiram, adotem as medidas cabíveis.

“Constatei, casualmente, a ocorrência de aparente prática criminosa, que teria sido cometida pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, que, no curso da reunião ministerial realizada em 22/04/2020, no Palácio do Planalto, assim se pronunciou em relação aos Ministros do Supremo Tribunal Federal”.

Segundo o G1, Celso de Mello afirmou que a declaração “põe em evidência, além do seu destacado grau de incivilidade e de inaceitável grosseria, que tal afirmação configuraria possível delito contra a honra (como o crime de injúria)”, finalizou.

Com informações do G1.

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