Carla Zambelli
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália, conforme confirmou o Ministério da Justiça brasileiro. A detenção ocorreu após agentes da polícia italiana localizarem a parlamentar no apartamento em que estava hospedada na capital italiana.

Zambelli era considerada foragida desde que foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, acusada de participação na invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023, junto com o hacker Walter Delgatti, também preso.

Ajuda italiana na localização de Zambelli

A prisão da deputada contou com a colaboração do deputado italiano Angelo Bonelli. Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), Bonelli revelou que foi ele quem forneceu às autoridades o endereço onde Zambelli estava.

“Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, publicou o parlamentar na segunda-feira (28).

Segundo Bonelli, ele comunicou às autoridades italianas a localização da deputada, o que permitiu que os agentes realizassem a identificação e, posteriormente, a prisão.

Condenação e extradição

Após a condenação pelo STF, Zambelli teve o nome incluído na lista de procurados da Interpol. O Ministério da Justiça brasileiro havia solicitado oficialmente sua extradição.

Além da pena de 10 anos de prisão, a Corte também determinou a perda do mandato parlamentar da deputada. A decisão sobre a cassação, no entanto, ainda está sob análise da Câmara dos Deputados.

Fuga internacional

Desde maio deste ano, a deputada deixou o Brasil. Primeiro, passou pelos Estados Unidos e, depois, seguiu para a Itália, país onde possui cidadania.

Zambelli foi condenada por envolvimento direto no ataque cibernético ao sistema do CNJ, considerado um crime grave contra instituições da Justiça brasileira. O caso teve ampla repercussão nacional e se tornou símbolo da atuação conjunta entre figuras públicas e agentes envolvidos em crimes digitais.

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