Vacina
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Nesta quarta-feira (8), a farmacêutica AstraZeneca anunciou o encerramento da produção e distribuição global da vacina contra a Covid-19. A empresa tomou a decisão devido a um “excedente de imunizantes” no mercado e pela disponibilidade de vacinas atualizadas para novas variantes do vírus.

De acordo com a farmacêutica, a demanda por vacinas atualizadas contra variantes do Sars-CoV-2 superou a produção da vacina original da AstraZeneca. Além disso, o surgimento de novas variantes, como a Ômicron, tornou as vacinas de primeira geração menos eficazes, levando ao desenvolvimento de imunizantes específicos para essas variantes. A AstraZeneca também citou “razões comerciais” para a decisão, possivelmente devido à queda na procura pela vacina original e à concorrência com outras farmacêuticas.

Impacto no Brasil

A produção da vacina AstraZeneca no Brasil continuará pela Fiocruz, que recebeu a transferência de tecnologia da farmacêutica em junho de 2021. O Ministério da Saúde garante que há doses suficientes de vacinas contra a Covid-19 no país, incluindo a versão da AstraZeneca produzida pela Fiocruz, para imunizar toda a população elegível.

Efeitos colaterais raros

A vacina da AstraZeneca foi alvo de apuração devido à sua rara associação com a Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS), que pode causar coágulos sanguíneos e entupimento de veias e artérias. A empresa enfrenta uma ação coletiva de 51 famílias que pedem indenização pelos efeitos colaterais da vacina. Em documentos judiciais, a empresa reconheceu que sua vacina “pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia”.

Apesar da retirada do mercado, a AstraZeneca se diz “extremamente orgulhosa” do papel que sua vacina desempenhou na luta contra a pandemia de Covid-19. Além disso, a empresa reitera que os benefícios da vacinação contra a Covid-19 ainda superam significativamente os riscos, incluindo os da TTS.

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