
O consumo de álcool representa um problema de saúde pública de grande escala, com 2,6 milhões de mortes anuais no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse número é equivalente a 4,7% de todas as mortes no planeta.
Mortes por consumo de álcool
De acordo com a OMS, a maioria das mortes por consumo de álcool ocorre na Europa e na África, com as taxas de mortalidade por litro de álcool consumido maiores em países mais pobres. A maior proporção de mortes atribuídas ao álcool foi registrada na faixa etária dos 20 aos 39 anos.

Das mortes atribuídas ao álcool em 2019, cerca de 1,6 milhões aconteceram por doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares e câncer. Outras 724 mil foram decorrentes de ferimentos causados por acidentes de trânsito, automutilação e casos de violência.
Já 284 mortes foram associadas a doenças crônicas transmissíveis. Segundo o estudo da OMS, o consumo de álcool aumenta o risco de infecção por HIV em razão da maior probabilidade de sexo desprotegido. Além disso, aumenta o risco de infecção e morte por tuberculose pelo consumo de álcool suprimir uma ampla gama de respostas imunológicas.
Em 2019, estimava-se que 209 milhões de pessoas eram dependentes de álcool.
Padrões de consumo de álcool
Apesar de uma leve queda no consumo per capita global de álcool (de 5,7 litros em 2010 para 5,5 litros em 2019), os níveis ainda são preocupantes, especialmente em algumas regiões:
- Maiores índices: Europa (9,2 litros per capita) e Américas (7,5 litros per capita).
- Nível médio de consumo: 27 gramas de álcool puro por dia (equivalente a 2 taças de vinho, 2 garrafas de cerveja ou 2 doses de destilado).
- Consumo excessivo: 38% das pessoas que declararam consumir álcool em 2019 relataram pelo menos um episódio no mês anterior (4-5 doses).
- Faixa etária mais afetada: 20 a 39 anos (13% das mortes por álcool em 2019).
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