Jovem fazendo doação de sangue e medula
Foto: AnnaStills/Envato Elements

Para muitos portadores de leucemias e outras doenças de sangue, o transplante de medula óssea é a única esperança de cura. De acordo com o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), a chance de encontrar um doador de medula óssea compatível entre pessoas sem laço de parentesco é de uma em 100 mil. Entre pessoas da mesma família, a probabilidade é de 25%. Estes dados reforçam que, quanto maior o número de doadores cadastrados, maiores as chances de salvar vidas.

Embora pessoas já cadastradas possam ser doadoras até os 55 anos, o limite de idade para novos cadastros agora é 35 anos. Entre os motivos da mudança está a indicação de estudos científicos. Segundo pesquisas, doadores mais jovens melhoram os resultados do transplante com doador que não seja parente.

“A partir da mudança da idade limite de 55 para 35 anos para o cadastramento de candidatos à doação de medula óssea feita pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 685, de 16 de junho de 2021, conseguir o engajamento dos mais jovens a partir dos 18 anos para se tornarem doadores voluntários se tornou o fator mais importante nas campanhas”, explica Nadia Maria Rozon, do Grupo Medula Óssea Jundiaí.

A campanha de registro de doadores acontecerá no dia 7 de outubro, na Escola Superior de Educação Física de Jundiaí (ESEF), em parceria com o Hemocentro da Unicamp.

Quem pode ser doador?

Para se cadastrar como doador, é preciso ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante. Basta comparecer ao local da campanha alimentado, munido de RG, CPF e, quem tiver, o Cartão Nacional de Saúde (CNS). No dia do cadastro, a equipe coletará uma amostra de sangue de aproximadamente 10 ml. Essa amostra será submetida a um teste de laboratório para identificação das características do doador.

O grupo inclui o resultado do exame e os dados pessoais no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea. Assim, caso haja compatibilidade entre os dados genéticos de doadores e pacientes, a entidade convoca o doador para novos exames. Ao confirmar a compatibilidade e o estado de saúde do doador, ele poderá concluir a doação.

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