Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, revelou que trabalhadores relatam mais problemas de bem-estar mental e físico após as mudanças e adaptações para o home office esse ano. O experimento descobriu que trabalhar em período integral em casa aumentou as expectativas de trabalho e distrações.
Além disso, o método reduziu a comunicação com os colegas de trabalho e diminuiu a produtividade dos profissionais. De acordo com os pesquisadores, parte dos problemas está relacionado à falta de um local adequado para trabalhar. Esse fator seria importante para a criação de um limite entre as obrigações do trabalho e a vida pessoal.
O tempo de trabalho também aumentou em cerca de 1 hora e meia. A maioria dos entrevistados do estudo relatou insatisfação com as atividades e dores no pescoço, por estarem trabalhando em casa. Esse experimento ouviu cerca de mil trabalhadores entre março e junho de 2020. Foram considerados o estilo de vida, ambiente de trabalho em casa e bem-estar físico e mental das pessoas.
Resultados
Nas entrevistas, mais de 64% afirmaram ter um ou mais novos problemas de saúde física. Enquanto que 75% relatam um novo problema de saúde mental. Só um terço dos participantes tinha uma sala específica para o trabalho em casa. Quase 48% dos entrevistados compartilhavam seu espaço de trabalho em casa com outras pessoas.
Mulheres e trabalhadores que tem o salário anual inferior a 100 mil dólares estavam mais propensos a desenvolver novos problemas de saúde física e mental. Além disso, as mulheres também indicaram maior incidência a desenvolver depressão.
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Filhos também influenciaram como um fator impulsionador de problemas mentais. Assim, pais com bebês em casa tendem a ter índices maiores de bem-estar mental. Mas, também apresentam chances maiores de desenvolver um novo problema. A mesma coisa acontece no quesito de saúde física.
As pessoas que convivem com pelo menos um adolescente em casa reduziram o risco de desenvolver novos problemas de saúde.
Aumenta da carga horária
Os profissionais designados para fazer home office tiveram que reajustar os horários para que o trabalho não influenciasse no período de descanso. Dessa forma, três a cada quatro entrevistados relataram trabalhar no horário certo.
Enquanto isso, os participantes do experimento que trabalharam além do horário tiveram maior probabilidade de relatar problemas de saúde física ou mental.
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