Bebida de álcool
Foto: Canva

O consumo de bebidas alcoólicas, especialmente a cerveja, é uma prática comum em diversos momentos de lazer e socialização. No entanto, quando consumido em excesso, pode trazer sérios danos à saúde, tanto física quanto mental.

O neurologista Richard Restak aborda em suas pesquisas as consequências desse consumo excessivo para o cérebro humano, destacando os impactos negativos na memória e nas funções cognitivas. Primeiro, é importante destacar que o álcool afeta o organismo de maneiras distintas, e as consequências podem variar de pessoa para pessoa.

A curto prazo, o álcool pode comprometer a capacidade de julgamento, prejudicar a coordenação motora, alterar a fala e causar dificuldades de concentração e memória. Além disso, a substância pode provocar sintomas físicos desconfortáveis, como náuseas, vômitos, diarreia, dor de cabeça, tontura, sonolência, além de aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Esses efeitos são temporários, mas indicam os riscos do consumo excessivo.

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Já o uso crônico de bebidas pode desencadear uma série de problemas de saúde mais graves. Entre as condições físicas mais comuns estão doenças hepáticas, como acúmulo de gordura, cirrose e câncer, além de problemas cardíacos, como hipertensão, arritmias, cardiomiopatia e um risco elevado de infarto e acidente vascular cerebral. O álcool também afeta o sistema gastrointestinal, podendo causar gastrite, úlceras e até cânceres do esôfago, estômago e pâncreas.

Além das condições físicas, o consumo excessivo de bebidas também pode gerar distúrbios mentais, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e psicose.

A longo prazo, a dependência do álcool pode ter um impacto negativo nas relações sociais e familiares, resultando em conflitos e dificuldades no ambiente de trabalho. Esses problemas hormonais e sociais podem agravar ainda mais a qualidade de vida de um indivíduo.

O Impacto do álcool na saúde mental e no cérebro

O neurologista Richard Restak destaca que a exposição prolongada ao álcool tem um efeito especialmente nocivo sobre o cérebro. A perda de memória e a deterioração cognitiva estão entre os problemas mais frequentes associados ao consumo excessivo de bebidas. Com o tempo, o esse tipo de bebida pode interferir nas funções cognitivas, tornando mais difícil o aprendizado, a retenção de informações e a tomada de decisões.

De acordo com Restak, o risco de danos cerebrais se intensifica com o envelhecimento. A partir dos 65 anos, o corpo humano passa por uma série de mudanças biológicas que aceleram o processo de perda neuronal.

O álcool, quando consumido de forma excessiva, pode agravar esse processo, comprometendo ainda mais a saúde mental e as funções cognitivas. Por essa razão, o neurologista recomenda a redução ou até a interrupção do consumo de bebidas para pessoas acima dessa faixa etária.

Quando devo parar de beber cerveja?

Embora o consumo excessivo de álcool seja prejudicial a qualquer idade, o impacto a longo prazo sobre a saúde mental e física é especialmente crítico após os 65 anos. Nesta fase da vida, os efeitos do álcool podem ser mais devastadores, afetando a capacidade de regeneração dos neurônios e acelerando o declínio cognitivo.

A decisão de parar de beber ou reduzir significativamente o consumo de álcool pode ser um passo importante para preservar a saúde mental e física. Manter um estilo de vida equilibrado e saudável, com moderação no consumo de bebidas alcoólicas, pode promover um envelhecimento mais saudável e uma maior qualidade de vida.

Além disso, esse comportamento pode melhorar a harmonia social e familiar, pois a dependência do álcool frequentemente gera tensões e conflitos.

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