Homem com faixa azul de novembro azul
Foto: Freepik

Com a chegada do mês de novembro, iniciam as ações de conscientização à prevenção do câncer de próstata. A questão da saúde do homem têm por muito tempo sendo tabu entre os brasileiros, grande parte das vezes pelo preconceito em torno do exame de próstata feito para identificar o câncer.

O Instituto Nacional de Câncer divulga em seu portal números importantes para reforçar a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Veja:

Nos casos de incidência, o câncer de próstata é o maior no ranking, sendo responsável por quase 30% dos casos novos em 2020:

Reprodução/INCA

Na relação de índice de mortalidade por cânceres no Brasil, o câncer de próstata fica em segundo lugar, com 13,1% dos óbitos causados por neoplasias localizadas primariamente em 2019.

Reprodução/INCA

Como parte do movimento Novembro Azul, o Tribuna de Jundiaí traz as respostas para as principais perguntas sobre o câncer de próstata.

Fatores de risco

O câncer de próstata é diagnosticado com mais frequência em homens mais velhos. De acordo com o Instituto Oncoguia, seis em cada 10 casos são diagnosticados em homens com mais de 65 anos, sendo raro diagnóstico antes dos 40 anos.

A princípio, a média de idade para diagnóstico de câncer de próstata é de 66 anos. Além disso, existe uma probabilidade maior da doença para pessoas obesas e homens negros, segundo a CNN Brasil.

Fatores como casos de câncer de próstata na família, principalmente de parentes próximos, e hábitos de vida, como fumo e consumo de bebida alcóolica também são eventuais fatores de risco.

Sinais e Sintomas

Uma das maiores preocupações em relação ao câncer de próstata é que a doença é silenciosa, principalmente em seu estágio inicial. No entanto, em estágio avançado a doença pode causas sintomas como:

  • Micção frequente;
  • Fluxo urinário fraco ou interrompido;
  • Vontade de urinar frequentemente à noite (Nictúria);
  • Sangue na urina ou no sêmen;
  • Disfunção erétil;
  • Dor no quadril, costas, coxas, ombros ou outros ossos (se a doença se disseminou);
  • Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.

De acordo com o Instituto Oncoguia, a maioria desses sintomas pode ser provocada por outras condições clínicas, além do câncer de próstata. Assim, é importante idas constantes ao médico, e alertá-lo sobre qualquer desses sintomas. Dessa forma, é possível o diagnóstico rápido e, se necessário, iniciar o tratamento.

Exames

Para investigar os sintomas do câncer de próstata e diagnosticar a doença, inicialmente são realizadas dois exames: 

  • Exame de toque retal: neste evento, o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo, protegido por uma luva lubrificada, no reto do paciente. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.
  • Exame de PSA: é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata (Antígeno Prostático Específico [PSA]). Os níveis altos dessa proteína podem apontar a presença do câncer, mas também pode significar doenças benignas da próstata.

Para confirmar o diagnóstico, é preciso fazer uma biópsia. Nesse exame são retirados pedaços muito pequenos da próstata que serão analisados em laboratório. Esse procedimento é indicado caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal. 

Exame de sangue PSA é colhido em todas as UBSs para os casos indicados
Foto: Prefeitura de Jundiaí

Tratamento

O tratamento para o câncer de próstata é feito através de uma ou de várias modalidades/técnicas, que podem ser combinadas ou não.

Quando localizado o câncer apenas na próstata, a doença pode ser tratada com cirurgia oncológica, radioterapia e, em alguns casos, observação vigilante. No caso de metástase, ou seja, se o câncer da próstata se espalhado para outros órgãos, a radioterapia é utilizada junto com tratamento hormonal e tratamentos paliativos. 

Todas as modalidades de tratamento são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma integral e gratuita.

[tdj-leia-tambem]