Equipamentos médicos de tratamento de diabetes
Foto: Reprodução/FMJ

Os pesquisadores da Faculdade de Medicina de Jundiaí publicaram recentemente o estudo “Efeito do tratamento antioxidante com n-acetilcisteína (NAC) e natação na expressão lipídica das glândulas sebáceas em condição diabética experimental”. A pesquisa buscou encontrar respostas sobre a eficácia da atividade física e de alguns medicamentos que podem interferir diretamente nos efeitos do diabetes na pele.

Impactos da diabetes

De acordo com os pesquisadores, o diabetes mellitus é um problema de saúde pública global que afeta milhões de pessoas e causa graves alterações patológicas em diferentes sistemas do organismo, incluindo o sistema tegumentar – pele e anexos como as glândulas, unhas, cabelos, pelos e receptores sensoriais.

Na pele, o diabetes já demonstrou causar diminuição do tamanho das células (atrofia celular) e desorganização da biomembrana, além de outras alterações inflamatórias nas glândulas sebáceas. As glândulas sebáceas (SGs) estão envolvidas em processos infecciosos e inflamatórios como acne, ceratose pilar, rosácea e alguns cistos, entre outros.

Além disso, vale lembrar que o tratamento do diabetes deve ser feito com acompanhamento médico, o que pode incluir mudanças na dieta alimentar, aplicação diária de insulina e monitoramento glicêmico, que são fundamentais para o controle da doença.

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Estudo

O estudo realizado pelos pesquisadores da FMJ mostra que o exercício físico, associado a alguns antioxidantes também pode contribuir com a intervenção auxiliar importante, que colabora para a recuperação dos tecidos durante o tratamento da diabetes. Por outro lado, o antioxidante NAC foi uma opção de tratamento ineficaz para a recuperação de glândulas sebáceas.

Segundo os pesquisadores, mesmo que o tratamento do diabetes mellitus convencional não possa ser ainda substituído, a combinação de atividade de física com um medicamento antioxidante pode auxiliar na obtenção de resultados positivos, assim como a recuperação da qualidade de vida.

“É fundamental que no diabetes se entenda, que só o medicamento antioxidante de forma isolada, ainda não será suficiente para um resultado significativo. Mas incluindo uma caminhada, uma natação, um exercício regular em sua rotina junto com o antioxidante, pode-se sim contribuir para a recuperação dos danos causados pelo diabetes e ter uma vida mais saudável”, explicam os pesquisadores.

Os responsáveis pelos estudos são os pesquisadores Geovane Ribeiro Santos, Marcelo Rodrigues Cunha, Eduardo José Caldeira, Ewerton Alexandre Galdeano, Raphael Cruz Seabra Prudente e Clóvis Antonio Lopes Pinto. Confira o estudo na íntegra.