Laís das Dores Cunha
Foto: Arquivo Pessoal

No Dia Internacional da Mulher, é fundamental discutir as expectativas impostas às mulheres e o impacto dessas cobranças na saúde mental e emocional. A psicóloga Laís das Dores Cunha alerta que, apesar de serem frequentemente vistas como símbolos de força e resiliência, as mulheres enfrentam uma carga excessiva de responsabilidades que pode comprometer seu bem-estar.

Segundo Laís, as mulheres ainda são pressionadas a equilibrar diversas funções sem margem para escolha. “Elas precisam dar conta do lar, dos filhos, do trabalho e dos estudos, e, mesmo assim, são cobradas por não conseguirem fazer tudo com perfeição”, afirma a especialista.

A psicóloga explica que essas cobranças podem surgir de diferentes fontes: comparações sociais, idealização da maternidade, exigências estéticas, relações conjugais e pressão profissional. O impacto dessas expectativas, segundo ela, vai muito além da fadiga: pode comprometer a autoestima e gerar diversos transtornos psicológicos.

As consequências da sobrecarga feminina

Embora as mulheres tenham conquistado mais espaço e direitos, essa evolução também trouxe uma nova realidade: a sobrecarga emocional e mental. “A pressão contínua pode resultar em estresse, ansiedade, depressão, isolamento e queda na autoestima”, destaca Laís.

Entre os sintomas mais comuns da exaustão psicológica, ela cita a falta de concentração, o cansaço excessivo, as dores físicas, as alterações de humor e a autossabotagem. Esses sinais indicam que algo precisa ser mudado, antes que os impactos se tornem ainda mais profundos.

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Como lidar com a exaustão física e mental?

Para a psicóloga, o primeiro passo é reconhecer os sinais de sobrecarga e buscar estratégias para minimizar seus efeitos. “Promover o autoconhecimento é essencial. Não se encaixar em estereótipos irreais, valorizar a individualidade e entender que não é necessário ser forte o tempo todo são atitudes que ajudam a reduzir a pressão social”, orienta.

Outro ponto destacado pela especialista é a importância da rede de apoio. “Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, mas um ato de coragem. O suporte de familiares, amigos ou profissionais da saúde mental pode fazer toda a diferença”, reforça.

A mulher não precisa dar conta de tudo

Por fim, Laís enfatiza que é preciso desconstruir a ideia de que a mulher deve dar conta de tudo sozinha. “Assim como qualquer ser humano, ela tem vulnerabilidades e limites. Buscar apoio e priorizar o próprio bem-estar deve ser visto como um direito, não como um luxo”, conclui a psicóloga.

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