Cirurgião bucomaxilofacial Dr. Fábio Cosloski Iamondi. (Foto: Divulgação)
Cirurgião bucomaxilofacial Dr. Fábio Cosloski Iamondi. (Foto: Divulgação)

A pandemia da Covid19 causou mudanças no perfil dos pacientes que procuram a saúde pública para atendimento odontológico. No Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) a redução na procura pela assistência odontológica na unidade foi de 32%, na comparação entre 2019 e 2020. 

Em 2019 a equipe realizou 86 cirurgias e 14.248 atendimentos. Em 2020 foram 59 cirurgias e 9.612 atendimentos.

Neste sábado (20), é comemorado o dia mundial da saúde bucal e o cirurgião bucomaxilofacial, Dr. Fábio Cosloski Iamondi – que há 32 anos atua na equipe do Hospital São Vicente – chama a atenção para esta mudança do perfil dos pacientes diante da pandemia da Covid.

“Atualmente o paciente que procura pelo serviço é aquele que não tratou o problema na fase inicial, com receio de buscar auxílio em plena pandemia e aquele que tem receio de desenvolver a endocardite bacteriana”, explica

A endocardite bacteriana é uma doença infecciosa, que afeta o endocárdio, revestimento interno do coração. O problema é causado por microorganismos que chegam ao coração por meio da corrente sanguínea. O agente infeccioso entra no organismo por meio de bactérias comuns nas cáries dos dentes ou gengivas inflamadas. “Pacientes com problemas cardíacos são público de risco diante da Covid e por isso há essa preocupação em tratar ou prevenir a doença”, afirma o especialista. 

O tratamento tardio pode tornar problemas bucais simples em um quadro evolutivo grave e, dependendo do diagnóstico, a reversão se torna mais difícil. Dr. Iamondi relata que tem percebido que muitas pessoas têm deixado de procurar o auxílio por medo de contrair o coronavírus ao ir ao hospital. “As pessoas não devem deixar de procurar o dentista na pandemia, nem que considere ser um problema banal. Com a orientação adequada, será possível dizer se o caso necessita de tratamento emergencial ou se pode esperar, sem prejuízos para a saúde bucal”, aconselha.

A equipe do HSV que realiza o atendimento no Pronto Atendimento Central é composta por multiprofissionais da área de odontologia. “Nossos atendimentos incluem casos emergenciais, tais como traumas graves, fraturas, infecções, lesões bucais, curativos e outros; e atendimento ambulatorial, que inclui a assistência a pacientes oncológicos e traumas que necessitam de cirurgia para correção de fratura”, detalha o Dr. Iamondi.

Orientações para uma boa saúde bucal  

Para garantir uma boa saúde bucal, o cirurgião explica que é necessário ter o hábito de consultar o dentista a cada seis meses. “Essas consultas são preventivas, incluem avaliação, limpeza, remoção da placa bacteriana, cuidados indicados para cada paciente, aplicação de flúor e outras ações que se façam necessárias” enumera. “Para isso é importante que o paciente faça uma programação e, caso não possa ir logo ao completar seis meses da última consulta, se programe para o mês seguinte. O importante é não deixar passar”.

A orientação é para que a partir dos três anos de idade, os pais já comecem a levar seus filhos ao dentista. “Ao criar este hábito, a criança já cresce com este costume e consciente desta necessidade. Isso evitará problemas futuros e garantirá tratamento preventivo e não invasivo”, conclui.

Com informações da assessoria de imprensa.

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