
Uma declaração forte do gestor de Promoção à Saúde de Jundiaí, Tiago Texera, deixou muito clara a preocupação das autoridades da cidade com o pico da pandemia de coronavírus.
“Hoje nós estamos no Parque da Uva, contando o número de vacinas (contra o vírus Influenza H1N1) que estão sendo aplicadas lá. O que a gente não espera é que no final de abril ou em maio a gente esteja contando caixões lá”, afirmou, em tom enfático, ressaltando a necessidade de isolamento social da população desde já.
A cidade já registra 10 mortes suspeitas pelo coronavírus. A Prefeitura aguarda os resultados de exames laboratoriais.
“Estamos cada vez mais recebendo pacientes com síndrome respiratória aguda grave nos hospitais de Jundiaí, público e privados”, lembrou Texera.
“O número de mortos (suspeitos) aumentou. O número de pessoas internadas aumentou. O número de casos suspeitos também aumentou epPra gente garantir que esses números não aumentem de forma exponencial, a principal medida de prevenção é que de fato a gente consiga garantir o isolamento social”, ressaltou.
Preparação para o pior
Hoje (31), 48 pessoas estão internadas com síndrome respiratória em Jundiaí.
Para tentar evitar o colapso do sistema hospitalar na cidade e controlar a dissipação do vírus, algumas decisões já foram tomadas na cidade:
- Amplição em mais de 300% o número de leitos (91 novos leitos exclusivos para coronavírus) com investimento de R$ 5 milhões mensais
- Quase R$ 1 milhão investidos em 10 mil testes rápidos
- Compra de equipamentos de segurança como máscaras cirúrgicas
“Só vai ocorrer sobrecarga do sistema em abril, dependendo do que a gente estiver fazendo hoje”, repetiu Texera.