Comprimidos de cloroquina na mesa
Foto: @pamelasphotopoetry via Twenty20

Na sexta-feira (27), uma publicação da Agência de Medicamentos da União Européia (EMA, em inglês) informou que o uso da cloroquina (ou hidroxicloroquina) está associado a riscos de comportamentos suicidas e distúrbios psiquiátricos.

Na Europa, a EMA é o equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A declaração do órgão foi publicado em um comunicado após uma revisão de dados disponíveis sobre o medicamento.

A cloroquina é tradicionalmente utilizada no tratamento de malária e lupus, e chegaram a ser divulgados como eficientes no combate ao coronavírus. No entanto, depois de pesquisas, a teoria foi descartada.

“A revisão havia sido iniciada em maio de 2020, após a EMA ter sido informada pela Agência de Medicamentos da Espanha sobre seis casos de desordens psiquiátricas em pacientes com Covid-19 que haviam recebido doses de hidroxicloroquina acima do autorizado”, diz o comunicado.

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O uso do remédio para o tratamento de Covid-19 não é permitido pela agência. Além disso, estudos clínicos de larga escala já confirmaram que o medicamento não tem “nenhum efeito benéfico” contra a doença.

“Já se sabe que a cloroquina e a hidroxicloroquina, mesmo utilizadas em doses aprovadas para indicações autorizadas, podem causar um amplo espectro de transtornos psiquiátricos. Distúrbios psicóticos e comportamentos suicidas estão listados na bula de alguns medicamentos contendo cloroquina ou hidroxicloroquina como efeitos colaterais raros ou de frequência desconhecida”, afirma o órgão.

Ainda de acordo com a EMA, paciente com ou sem histórico de problemas mentais apresentaram desordens psiquiátricas graves, como foi visto na revisão de dados.

Assim, o comitê da agência recomenda que as bulas dos medicamentos sejam atualizadas, fornecendo mais informações sobre o problema a profissionais de saúde e pacientes.

 

Com informações do Uol.