A Alemanha anunciou nesta quinta-feira (2) novas restrições para os não vacinados contra a covid-19 no país. A chanceler Angela Merkel informou que esse grupo de pessoas serão proibidos de acessar diversos espaços públicos, incluindo o varejo não-essencial e eventos. Também foi restringido o número de pessoas que podem se reunir em ambientes internos e fechando casas noturnas em regiões com elevado número de casos.
A exceção são pessoas que tenham se recuperado recentemente da covid-19. “A cultura e o lazer em todo o país estarão abertas apenas àqueles que tomaram a vacina ou se recuperaram”, diz Merkel. “Entendemos que a situação é muito séria e queremos tomar medidas adicionais àquelas já em vigor”, completou. Segundo a chanceler, a obrigatoriedade de vacinação pode ser imposta no país a partir de fevereiro de 2022, após debate no Parlamento.
Merkel afirma que essas medidas anunciadas são um “ato de solidariedade nacional”, com o objetivo de baixar a taxa de infecções e reduzir a pressão sobre o sistema de saúde. “O número de casos se estabilizou, mas em um nível excessivamente alto”, disse Merkel.
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A Alemanha registrou, nesta quinta-feira (2), 73 mil novos casos de covid-19 e 388 mortes. O país registra menos de 70% da população totalmente vacinada contra a covid — menos do que diversos outros países europeus, incluindo a França e o Reino Unido.
Merkel anunciou as novas medidas ao lado de seu sucessor Olaf Scholz, que deve assumir formalmente como chanceler na próxima semana. Scholz diz que a Alemanha está em uma “situação muito, muito difícil” e que incentivar as pessoas não vacinadas a receberem o imunizante é crucial para interromper a nova onda de infecções.