Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), disse nesta sexta-feira (5), que pediu por proteção policial a diretores e outros funcionários após o órgão receber três ameaças relacionadas a uma eventual aprovação de vacinas contra a covid-19 para crianças. Em entrevista à GloboNews, Torres mostrou preocupação com a situação e disse que espera que a investigação aponte os responsáveis e a motivação das ameaças.

O jornal O Globo publicou que a Superintendência Regional da Polícia Federal do DF abriu inquérito para apurar o caso. “A quem interessa o enfraquecimento da Anvisa? As pessoas que estão apurando precisam ter isso no radar. Outras situações podem estar no pano de fundo do que está acontecendo?”, disse o diretor.

Torres ainda lembrou que a Anvisa já foi alvo de outras ameaças ao longo da pandemia do novo coronavírus. “Temos um histórico de pressões desnecessárias que sofremos até este momento e agora vem mais essa, no nível pessoal e no profissional. É razoável? Não é. As autoridades precisam agir de maneira exemplar. Temos aquilo que é óbvio [movimento antivacina], mas precisa ver se tem algo além, se tem outra motivação”, disse.

O diretor da Anvisa não citou suspeitas. “As possibilidades são inúmeras, obviamente são fontes criminosas ligadas ao pensamento antivacina”, disse.

Ontem, a Anvisa que recebeu um e-mail com ameaças a servidores, diretores, funcionários terceirizados e seus familiares, caso vacinas contra a covid-19 para crianças sejam aprovadas pela entidade. Segundo a agência, a ameaça ocorreu cerca de 24 horas depois de outro texto semelhante ter sido recebido.

Além da Polícia Federal, Anvisa informou ontem ter comunicado as ameaças a todas as autoridades federais: Presidências da República, do Senado, da Câmara e do STF (Supremo Tribunal Federal); PGR (Procuradoria-Geral da República); Ministérios da Justiça e da Saúde; Casa Civil; e Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.