Na noite desta segunda-feira (10), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orientou para todo o país a suspensão imediata de imunização de gestantes contra Covid19 com a vacina Oxford/Astrazeneca, produzida pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.
De acordo com a Anvisa, a decisão partiu do “resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país”. Além disso, a agência recomenda que o Programa Nacional de Imunização (PNI) siga à risca a indicação da bula do imunizante, que não é recomendado para mulheres grávidas. Caso contrário, é necessária a avaliação médica individual.
“O uso ‘off label’ de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica”, informou a Anvisa.
O ofício para suspensão do uso da vacina foi encaminhado ao Ministério da Saúde. Assim, a pasta informou estar avaliando o pedido e para decidir se irá rever a decisão de liberar o imunizante contra o novo coronavírus para gestantes.
Reação adversa
Segundo reportagem da CNN Brasil, tanto o Ministério da Saúde quanto a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro estão investigando o caso de uma gestante que recebeu uma dose da vacina Oxford/Astrazeneca e desenvolveu um quadro de trombose.
Os órgãos estão analisando o histórico de saúde da paciente, estudando a possibilidade de relacionar a aplicação da vacina com a reação adversa. Na bula do imunizante, formação de coágulos é listado como efeito colateral, mas é considerada uma reação muito rara.
A Astrazeneca, em nota, diz não ter comentários sobre o caso, já que durante o desenvolvimento da vacina, não foram realizados testes de eficácia e segurança em mulheres grávidas.