Foto: Freepik
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De acordo com um levantamento do Infotracker, plataforma de monitoramento de dados da USP e Unesp, as taxas de transmissão e de internações da Covid-19 estão em queda desde o início de fevereiro no estado de São Paulo.

A redução dos casos e das hospitalizações se dá após mais uma onda de Covid-19, causada pela variante ômicron, que é mais transmissível e fez os índices de testes positivos, internações e mortes voltarem a subir rapidamente desde o fim do ano passado. Além disso, a Prefeitura de São Paulo também registrou dados que indicam queda na transmissão da doença. Pela segunda semana seguida, caiu o percentual de resultados positivos dos testes de covid-19 realizados em UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

Além disso, o estudo do Infotracker também aponta queda na ocupação de hospitais públicos e privados do estado. Neste ano, o pico se deu no começo de fevereiro, quando a taxa de ocupação de UTI estava em 73,2% e, de enfermarias, em 67,3%. Na última segunda (14), a plataforma indica que 62,25% dos leitos de UTI para pacientes com covid estavam ocupados. Nas enfermarias, o índice era de 51%.

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“Embora número de novos casos e óbitos no estado estejam em patamares ainda elevados, a taxa de transmissão passou a arrefecer em grande parte do estado, trazendo a possibilidade de uma janela de trégua com a ômicron”, diz um dos coordenadores do Infotracker, Wallace Casada, ao UOL.

Cenário pandêmico em SP

Já os números de óbitos sinalizam estabilização. São Paulo registrou o pico em 9 de fevereiro, com 288 mortes. Esse número caiu e, entre a última sexta-feira (11) e segunda, manteve-se oscilando entre 273 e 272.

A epidemiologista pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz de Pernambuco Ana Maria de Brito diz que o cenário em São Paulo acompanha o que aconteceu em países da Europa, com um salto de infecções e uma redução nos indicadores meses depois. “Uma queda é esperada neste momento, e essa queda vai ser mais ou menos acelerada”, afirma. Segundo Brito, o número não deve cair de forma homogênea no país por conta das diferenças nas coberturas vacinais de cada estado. Por isso, a cientista fala que o momento é de cautela.