Profissionais da saúde administrando seringas de vacina
Foto: Prefeitura de Jundiaí

Nesta quarta-feira (22), o Ministério da Saúde voltou a liberar a vacinação contra Covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos de idade com e sem comorbidades no Brasil. A pasta retomou a vacinação dessa faixa etária depois de uma semana em que o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticar a campanha de imunização antecipada de estados brasileiros. Na ocasião, Queiroga disse que “existem eventos adversos a serem investigados”.

De acordo com o Ministério, “os benefícios da vacinação são maiores do que os eventuais riscos dos eventos adversos da sua aplicação”.

“Comparando tudo o que foi aplicado, mesmo com esses supostos erros de imunização, é um percentual muito baixo (…) então, hoje o ministério não suspende mais de forma cautelar a imunização em adolescentes sem comorbidades“.

Ainda assim, a pasta reforça que é importante priorizar os grupos vulneráveis, como pessoas com comorbidades e quem precisa das doses de reforço. De acordo com a secretária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite Melo, todos os brasileiros devem ser vacinados contra Covid-19 até o final de 2021.

No entanto, os estados e municípios devem respeitar o Plano Nacional de Imunização (PNI) do governo federal.

Morte não relacionada

O anúncio do Ministério da Saúde acontece depois da confirmação de que a morte de uma jovem de 16 anos, em São Bernardo do Campo, no dia 2 de setembro, não está relacionada à imunização contra o novo coronavírus.

Nesta terça-feira (21), representantes da Anvisa e da Fiocruz, que fazem parte do Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos (CIFAVI) detalharam o caso.

“O processo investigativo foi validado pelos membros do CIFAVI e o diagnóstico referendado. (…) A causalidade foi classificada como coincidente, ou seja, descartou-se a possibilidade de o óbito ter sido relacionado à administração da vacina”, afirmou a Anvisa em nota.

De acordo com a conclusão do diagnóstico do CIFAVI, a jovem, que tomou a vacina Pfizer, não apresentou doença cardiológica, e a morte foi causada por um quadro clínico característico de Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PTT), uma doença autoimune.

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