
Ireno Márcio Silva, de 41 anos, protagonizou na última sexta-feira (3) uma das cenas mais emocionantes desde o início da crise do novo coronavírus em São Paulo.
Ele recebeu alta médica do Hospital Samaritano, depois de 19 internados, sendo 11 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e foi recebido com aplausos e uma festa surpresa da equipe médica.
Ireno deu entrada no hospital no dia 16 de março com dores nas costas e, inicialmente, um quadro de pneumonia viral. Segundo o profissional de relações públicas, os sintomas começaram a aparecer uma semana antes de sua ida ao hospital.
No diagnóstico inicial, os médicos constataram uma gripe do tipo H1N1 e uma pneumonia viral. Ele foi medicado com tamiflu e voltou para casa para terminar o tratamento.
No entanto, ele continuou a sentir as dores, com febre e, cada vez mais, perdia a sensibilidade do paladar e do olfato. “Jamais passou pela minha cabeça que eu estivesse com coronavírus”, disse em entrevista ao portal de notícias ‘G1’.
Antes de sair o resultado de exame de Covid-19, ele sentiu falta de ar e ganhou auxílio do oxigênio e, com a confirmação da doença, ele foi transferido para a UTI, onde sofreu uma parada cardíaca e precisou ser reanimado e entubado.
“Fui e voltei várias vezes, perdendo a consciência em diversas ocasiões. Os médicos me reanimaram. A festa que fizeram pra mim na saída me emocionou muito porque eu realmente fui salvo por eles. Estive entre a vida e a morte”, relatou ao ‘G1’.
Voluntário nas pesquisas
Ireno recebeu uma ligação do hospital Albert Einstein para participar das pesquisas sobre o plasma convalescente. Ele diz que não sabe se a atual condição permitiria participar, já que ele perdeu 12 quilos durante a internação, mas garante que quer contribuir com a pesquisa.
Recuperação
Agora, Ireno se recupera em isolamento domiciliar em Itu, interior de São Paulo, na casa do namorado. Mas, ele pretende voltar para Florianópolis, em Santa Catarina, onde vive sua família.
Ele ainda destaca que as pessoas fiquem em casa e sigam todas recomendações do Ministério da Saúde. “Sou um homem saudável, que fazia exercícios, não tinha asma, diabetes ou qualquer outro problema que me colocasse no grupo de risco. Mesmo assim passei por tudo isso”, alerta.
Com informações do portal de notícias ‘G1’.