Nesta semana, o primeiro-ministro do Reino Unido informou que uma nova mutação da Covid-19 surgiu no país, e classificou como “fora de controle” a nova cepa. De acordo com os estudos preliminares, essa nova variante do vírus indica ser muito mais contagiosa que a anterior, que se disseminava lá até então.
Assim, o anúncio provocou reações em cadeia e outros países anunciaram restrições para viajantes do Reino Unido e de outros locais que confirmaram casos desta mutação. Boris Johnson, o primeiro-ministro do Reino Unido, anunciou recuo na reabertura do país. Além disso, divulgou uma série de novas restrições para conter a disseminação do novo coronavírus.
A princípio, Johnson havia indicado que o Reino Unido iria flexibilizar as medidas para as festas de fim de ano. No entanto, com a nova cepa se espalhando rapidamente, decidiram suspender a flexibilização. “É com o coração muito pesado que digo que não podemos continuar com o Natal como planejado”, disse.
Os estudos informam que a nova mutação do vírus tem a contaminação mais rápida. Ainda assim não se sabe se é mais mortal ou se é imune a uma das vacinas.
Já foram registrados casos desta nova mutação na Dinamarca, na Holanda e na Austrália. Além disso, no final deste domingo (20), pelo menos um caso já havia sido registrado na Itália. Dados atuais indicam que a nova variante surgiu na Inglaterra.
Restrições nas fronteiras
Neste final de semana, muitos países anunciaram medidas de restrição de viagens. A Holanda, por exemplo, adotou restrições mais longas e decidiu que os voos do Reino Unido não poderão pousar no país até o final de 2020. De acordo com o governo holandês, a nova cepa foi identificada em um paciente, que foi diagnosticado no início do dezembro. As autoridades estão investigando novos casos.
Já na França, o primeiro-ministro Jean Castex anunciou uma suspensão de 48 horas nas viagens entre os dois países, por qualquer meio de transporte.
Assim também foi feito na Irlanda, que anunciou a suspensão dos voos por “interesses de saúde pública”, inicialmente nesta segunda e terça-feira.
Outros países também tomaram decisões semelhantes, como Israel, Bélgica, Arábia Saudita e Espanha.