Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro
(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Nesta sexta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro admitiu estar ciente do risco de defender a flexibilização do isolamento social, medida recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

Durante discurso na solenidade de posse do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, no Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou que, se a situação se agravar por causa do aumento de pessoas na rua, a responsabilidade vai cair no “seu colo”.

“Essa briga de começar a abrir para o comércio é um risco que eu corro, porque, se agravar, vem para o meu colo”.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o presidente defende a flexibilização do isolamento, com a reabertura do comércio para não acarretar prejuízos à economia do país, como o desemprego em massa.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ainda não atingiu o pico de casos de contaminação da doença, que deve ocorrer entre o fim de abril e início de maio, conforme projeções divulgadas até o momento.

A flexibilização do isolamento social poderia provocar a aceleração da tese de agravamento e, consequentemente, o colapso do sistema de saúde, que já não teria mais capacidade para atender os infectados, segundo autoridades.

Ainda durante cerimônia, Bolsonaro mencionou uma suposta pesquisa que indica que metade dos prefeitos do país está dividida em relação à retomada do varejo.

O presidente ainda comentou sobre a substituição de Mandetta. “O efeito colateral do combate ao vírus não pode ser, no meu ponto de vista, mais danoso do que o próprio remédio”, discursou.

Com informações do portal de notícias ‘UOL’.

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