Presidente da República, Jair Bolsonaro
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse na noite de ontem (2) que nenhum de seus ministros é “indemissível” e que “falta humildade” ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

“Olha, o Mandetta já sabe que a gente está se bicando há algum tempo. Não pretendo demiti-lo no meio da guerra. Em algum momento, ele extrapolou. Respeitei todos os ministros, ele também”, disse o presidente em entrevista à rádio ‘Jovem Pan’.

O presidente continuou e disse que espera que o ministro dê conta do recado. “Ele está numa situação meio… se ele se sair bem, sem problema. Nenhum ministro meu é indemissível”, declarou.

Bolsonaro disse que, “em alguns momentos”, Mandetta teria que “ouvir um pouco mais o presidente da República”.

“Ele [ministro] tem responsabilidade, sim. Ele cuida da Saúde, o Paulo Guedes cuida da Economia, e eu entro aqui no meio para cuidar das duas áreas”, esclareceu.

Ele ainda destacou não ter nenhum problema com o ministro da Economia, mas disse que “Mandetta quer fazer a vontade dele muitas vezes”. “Pode ser que ele esteja certo”, disse, reforçando que “falta humildade” ao ministro da Saúde.

O desalinhamento entre Mandetta e Bolsonaro tem se intensificado nos últimos dias. Na última terça-feira (31), o presidente se reuniu com médicos para conversar sobre estudos sobre a cloroquina, sem a presença do ministro da Saúde.

Mandetta soube por meio de médicos do convite para o encontro. Mais tarde, o ministro citou “critérios políticos” ao comentar sua ausência do planejamento.

Jair Bolsonaro também decidiu acabar com as entrevistas coletivas concedidas diariamente pela equipe da pasta e, assim, os anúncios do governo federal, inclusive da área de saúde, foram concentrados no Palácio do Planalto, com o objetivo de transmitir a imagem de união entre saúde e economia.

Com informações do jornal ‘O Globo’.

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