Pesquisador manuseia óleo de cannabis
Parte dos pacientes receberá doses do óleo integral de cannabis, com concentração de 100mg/ml de canabidiol. (Foto: jcomp)

O impacto de canabinoides no tratamento de sintomas de estresse agudo e crônico é o foco de uma nova pesquisa da Associação Brasileira de Apoio a Cannabis Esperança (Abrace), única entidade brasileira a ter permissão judicial para cultivar cannabis para uso medicinal.

O estudo tem como objetivo entender como a substância pode afetar profissionais da saúde que atuam na linha de frente da Covid-19.

O farmacêutico Murilo Chaves Gouvêa, integrante da Abrace e um dos coordenadores da pesquisa, afirma que os efeitos dos produtos à base da planta já foram comprovados cientificamente. “Queremos agora trazer uma robustez científica pra mostrar que aqui no Brasil nós conseguimos fazer estudos de impacto com a cannabis”, afirma.

Pelo menos 300 médicos serão recrutados para o estudo clínico. Para participar da pesquisa, os profissionais de saúde não podem apresentar condição psíquica severa, fazer qualquer tratamento com canabinoides e nem ser usuário regular de maconha.

Segundo a CNN, parte dos pacientes receberá doses do óleo integral de cannabis, com concentração de 100mg/ml de canabidiol (CBD) e baixos índices de THC, que é a substância psicoativa da planta. Outra parte receberá placebo.

No final do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentou a venda de produtos à base da planta em farmácias para tratar casos de epilepsia, autismo, Alzheimer, dores crônicas, entre outros.

O cadastro pode ser feito pelo site da Abrace.