
Douglas Axel Felizardo começou seu 2021 com mais esperança. Natural de Sertãozinho, em São Paulo, o brasileiro mora há quatro anos no estado de Maryland, nos Estados Unidos. Douglas chegou a ser infectado com a Covid-19 em março de 2020, e teve a oportunidade de ser vacinado no primeiro dia deste ano.
Por ser profissional da área da saúde, o técnico oftalmológico de 27 anos recebeu a primeira dose da vacina contra a doença na sexta-feira (1º). De acordo com ele, para o G1, por causa da infecção chegou a ficar duas semanas sem paladar e olfato, além de ter apresentado falta de ar e febre alta.
Ainda assim, não precisou ser internado e pôde se recuperar em casa. “Foi um pesadelo. Fiquei com medo de morrer”, contou.
Depois da primeira dose da vacina, diz estar mais aliviado e, agora, aguarda a aplicação da segunda dose do imunizante, que está agendada para o dia 19 de janeiro. Douglas também disse ter o desejo se que a sensação de alívio se estendesse aos familiares no Brasil.
“Quando soube que seria vacinado, eu fiquei muito feliz. Foi uma sensação de luz no fim do túnel. Sensação de alívio, mas ao mesmo tempo tristeza, porque queria que meus familiares tivessem a mesma oportunidade que eu tive”, afirmou.
Convocação para a imunização
A residência de Douglas nos EUA se deve ao seu casamento com um norte-americano. Depois de conseguir aprimorar seu inglês, o brasileiro se interessou pela área da saúde e ingressou em um curso técnico de enfermagem. Assim, ao ser certificado, conseguiu um emprego em um hospital da cidade, onde trabalhou por dois anos.
Como técnico oftalmológico, agora Douglas trabalha com cirurgiões especializados em olhos. Dessa forma, desde que soube do início das vacinações, soube que estava na lista dos primeiros a serem imunizados.
“Já estávamos cientes que agentes de saúde, não importando a posição, seriam os primeiros a tomar a vacina. Com isso na quinta-feira (31), recebemos um e-mail dos nossos supervisores dizendo que havia chegado a nossa vez”, explicou.
A vacinação do profissional aconteceu no salão de um hospital de Maryland. De acordo com ele, o processo foi simples e organizado, mesmo com a grande fila. Douglas não apresentou nenhuma reação adversa ao imunizante.
“O processo de agendamento foi super simples. O que eu fiz foi clicar no link que me mandaram, agendar, e ir ao local programado para receber a vacina. Não demorei muito. O que tive que fazer foi esperar na fila, assinar alguns documentos e aguardar minha vez. No final, esperei por 15 minutos em uma sala para ver se tinha alguma reação”, contou.