Entrega das doses da Coronavac pelo Instituto Butantan para o Ministério da Saúde
Foto: Reprodução/Governo de São Paulo

Na manhã desta quarta-feira (12), o Instituto Butantan realizou a entrega de mais 1 milhão de doses da vacina Coronavac para o Ministério da Saúde e, assim, concluiu a demanda do primeiro contrato com o governo federal, de disponibilização de 46 milhões de doses do imunizante contra Covid19 para o Plano Nacional de Imunização (PNI).

As entregas das vacinas começaram no dia 17 de janeiro e, de acordo com o cronograma inicial, deveriam finalizar no fim de abril. Mas, por problemas na liberação de matéria-prima para a produção da vacina, que saem da China, acabaram atrasando a produção e, consequentemente, o envio para o PNI. Os lotes entregues hoje foram envasados com insumo recebido pelo Butantan no mês passado.

Nesta sexta-feira (14), o instituto paulista deve destinar mais uma remessa de doses para o PNI. Esse novo lote é referente ao segundo acordo entre o Butantan e o governo federal, para o fornecimento de 54 milhões de doses, completando 100 milhões de doses no total.

No entanto, após essa entrega, o Instituto não tem previsão de quando poderá entregar as novas remessas, já que, na quinta-feira (6), o envase da vacina precisou ser suspenso por falta do insumo. Ainda assim, o Butantan espera receber um novo lote de matéria-prima até o sábado (15).

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De acordo com o governador de São Paulo, João Doria, há cerca de 10 mil litros de insumo produzidos pela Sinovac, desenvolvedora da vacina na China, que aguardam liberação para virem para o Brasil. Doria afirmou que atribui o impasse de importação da matéria-prima às constantes críticas e declarações do presidente Jair Bolsonaro ao governo chinês.
Além disso, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, alertou sobre o risco de o Brasil ficar sem insumos, o que afetaria diretamente a produção e distribuição do imunizante a partir de junho.