João Doria visita o Instituto Butantan para a liberação de novas doses de vacina. (Foto: Governo do Estado de São Paulo)
João Doria visita o Instituto Butantan para a liberação de novas doses de vacina. (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

Nesta sexta-feira (26), o governador de São Paulo, João Doria, anunciou durante coletiva de imprensa a vacina contra Covid19 desenvolvida pelo Instituto Butantan: a Butanvac.

De acordo com Dimas Covas, diretor do instituto paulista, o desenvolvimento da vacina 100% brasileira começou em março de 2020. A princípio, o imunizante já foi testado em animais, na Índia, e segundo os dados, os resultados foram excelentes. O pesquisador revelou durante essa manhã que a vacina já está pronta e o órgão já tem lotes suficientes para iniciar os estudos clínicos da vacina em humanos.

Dessa forma, ainda hoje, devem desenvolver o Dossiê de Desenvolvimento Clínico, e solicitar com urgência a autorização da Agência Nacional de Agência Sanitária (Anvisa). A Organização Mundial da Saúde também deverá receber os documentos, para acompanhar os processos de teste e produção. Com a liberação, os testes clínicos devem iniciar em abril.

O governador João Doria informou que o Instituto iniciará a produção de 40 milhões de doses da nova vacina. As doses devem ficar prontas para o início da distribuição em julho deste ano. “O senso de urgência é o senso de respeito por milhões de brasileiros que precisam ser salvos com a vacina, um senso de respeito com a ciência e com a medicina”, destacou João Doria.

A tecnologia utilizada para o desenvolvimento do imunizante da Butanvac já existe, e é a mesma utilizada na vacina da gripe. Assim, usa o vetor viral – proteína Spike – do novo coronavírus de forma íntegra. O vírus inativado com produtos químicos é considerado um caminho mais seguro, considerando os efeitos colaterais.

Consórcio internacional

Com isso, o Instituto Butantan será o principal produtor do consórcio internacional que participa junto do IVAC (Instituto de Vacinas e Biologia Médica) do Vietnam, e o Government Pharmaceutical Organization (GPO), da Tailândia.

Dimas Covas, também anunciou que depois da vacinação no Brasil, o Instituto Butantan irá fornecer a Butanvac à países mais pobres.

“Nosso compromisso é oferecer a vacina para países de renda baixa e média. Se o mundo rico combate [a pandemia] porque tem recursos e vai ficar relativamente livre do vírus, os países de renda baixa ou média que tem dificuldade de ter a vacina poderão manter a pandemia. Nós temos que ter vacina para estes países, onde teremos que combater a pandemia para podermos, globalmente sermos bem sucedidos”, comentou Dimas Covas.

“[Será] Uma grande contribuição que vai fazer a diferença em nosso país e vai ajudar a combater essa epidemia no mundo inteiro”, afirmou. Até o momento, o Instituto Butantan ainda não tem um valor especificado para o custo de produção da Butanvac.

João Doria apresenta embalagem da nova vacina do Instituto Butantan (Foto: Reprodução)

[tdj-leia-tambem]