Foto: Freepik
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Com o avanço da vacinação contra o coronavírus, já surgiram relatos de algumas reações adversas do imunizante, sendo os mais comuns: febre, dor no local da aplicação, na cabeça e no corpo, além de náusea, vômito, diarreia, fadiga e coriza. Eles tendem a ser transitórios e costumam passar rápido, em aproximadamente dois dias.

Segundo Lorena de Castro Diniz, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia) e médica do CRIE (Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais) de Goiânia (GO), são reações que fazem parte do processo de funcionamento das vacinas — assim como também ocorrem com outros imunizantes. “É só pensar que é uma fábrica que estava parada, ligou as máquinas e começou a produção. Teve contato com a matéria-prima do antígeno e ligou nosso sistema imunológico para formar os anticorpos. O corpo vai sentir e trabalhar mais em uma área que estava em repouso e, às vezes, vai causar esse mal-estar, fadiga e febre”, explica.

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A imunologista esclarece ainda que não são todos que vão sentir algo, independente que a vacina seja da AstraZeneca, CoronaVac ou da Pfizer. “Apesar de ser um evento esperado, em menos de 10% das pessoas ocorrem essas reações. Então, a gente orienta o uso de remédios apenas com a presença de sintomas e com orientação de um médico.”

Alguns cuidados podem amenizar o desconforto e essas reações

Descanse, hidrate-se e mantenha uma boa alimentação. E siga as orientações de acordo com cada sintoma.

Dor no local da aplicação: uma bolsa de água fria na região já resolve o problema.

Febre, dor de cabeça e/ou no corpo: analgésicos podem reduzir as dores no geral, mas use-os de preferência com orientação médica.

Náusea e/ou vômitos: os remédios antieméticos, após orientação médica, são indicados para reduzir o desconforto.

Diarreia: neste caso, não é indicado tomar medicamentos que “interrompem” a diarreia, mas sim manter uma boa hidratação do corpo (água, soros caseiros). Em alguns casos, o probiótico pode ser utilizado, mas apenas com prescrição médica.

Coriza: lavagem nasal, com soro fisiológico, além de antialérgicos se estiver muito intensa (também com orientação de médicos).