Nesta quarta-feira (16), o Ministério da Saúde incluiu a CoronaVac no plano nacional de vacinação do governo. De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, qualquer vacina produzida no Brasil terá prioridade no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Todas as vacinas produzidas no Brasil, ou pelo Butantan, pela Fiocruz ou qualquer indústria, terão prioridade do SUS e isso está pacificado”, disse.
Hoje o governo federal lançou oficialmente o plano nacional de imunização. “O mais importante de hoje aqui não é apresentar o plano. O mais importante hoje é aqui é nós demonstrarmos que todos os estados, nós estamos juntos, todos os estados da federação serão tratados de forma igualitária, proporcional, não haverá nenhuma diferença”.
Falando sobre a vacinação contra o novo coronavírus, Pazuello chegou a questionar: “pra que essa ansiedade, essa angústia?”
“Vamos levantar a cabeça. Acreditem. O povo brasileiro tem capacidade de ter o maior sistema único de saúde do mundo, de ter o maior programa nacional de imunização do mundo, nós somos os maiores fabricantes de vacinas da América Latina. Pra que essa ansiedade, essa angústia? Somos referência na américa latina e estamos trabalhando”, afirmou. A Covid-19 já matou mais de 182 mil pessoas no Brasil desde o início da pandemia. Com isso, o ministro se solidarizou com as famílias das vítimas: “os números são duros.”
Logística de imunização
De acordo com Pazuello, todos os brasileiros receberão as doses da vacina gratuitamente, nos postos de vacinação.
“Não se preocupem com a logística. A logística é simples, apesar do nosso país ser desse tamanho, nós temos estrutura, nós temos companhias aéreas, nós temos Força Aérea Brasileira, nós temos toda a estrutura já planejada e pronta”, afirmou.
Além disso, o ministro também informou que os estados receberão todo o material para a imunização, que serão responsável pela distribuição em seus territórios. Dessa forma, são os estados que farão as vacinas chegarem até os municípios, que aplicarão as vacinas. O Ministério da Defesa deve auxiliar no processo.
Sobre o cronograma da imunização, a princípio Pazuello informou que depende do registro de uma das vacinas. Segundo ele, hipoteticamente, o Brasil tem mais de 300 milhões de doses já negociadas e outros recursos.
Credibilidade
Durante o anúncio, o ministro também falou sobre a grande desinformação sobre a capacidade do Brasil em conduzir o plano de imunização. “Nossa imprensa que tem realmente sido fundamental na divulgação. O Brasil precisa que a imprensa divulgue as informações reais e que cheguem a todos os brasileiros”, disse.
Assim, também falou sobre a credibilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Foi reiterado que o órgão tem base em “critérios técnicos e de segurança”.
“Cuidado com as pessoas que falam da nossa Anvisa. A Anvisa é a nossa referência e é uma referência mundial. E ela é independente, ela é uma agência de Estado.”