Lídia e Maria Cecília em selfie
Lídia e Maria Cecília foram internadas por um dia de diferença. (Foto: Arquivo pessoal/Reprodução G1)

Lídia Bernardino, a paciente de 63 anos que ganhou alta no Hospital São Vicente depois de ser diagnostica com coronavírus, além de enfrentar a doença enquanto estava hospitalizada, também precisou enfrentar o medo de uma mãe.

Isso porque no dia anterior ao ser internada, sua filha Maria Cecília Risatto, deu entrada no hospital também com coronavírus. As duas ficaram hospitalizadas juntas na unidade;

“Eu estava mais preocupada com a minha filha, eu falava que se minha filha curasse já estava bom. Eu não tinha mais esperança, achei que tinha acabado e não sabia se ia voltar para casa. Hoje eu falo que estou feliz, com minha família toda em casa”, disse ao G1.

As orações de Lídia foram poderosas. Maria Cecília recebeu alta um dia antes da mãe e já no sábado (18), as duas estavam em casa.

“Eu fiz até pão para tomarmos café. Achei que não ia voltar para casa e hoje estou aqui, fazendo pão. Eu não sei nem como explicar a minha felicidade. Eu não tinha forças, não tinha coragem, não aguentava mais. As lágrimas escorriam dos olhos”, conta.

Lídia diz que receber alta foi uma sensação inexplicável e que estar de volta em casa, não tem preço.

“Quando cheguei em casa, vi meu cachorrinho e ele ficou alegre…meus filhos e netos, todos esperando. Foi uma sensação tão grande que eu não resisti, tive que chorar”, confessa.

“Rever a família foi a coisa mais feliz da minha vida, saber que Deus tinha me dado mais uma chance de viver ao lado deles”, completa a mais jovem, Maria Cecília.

Gratidão e esperança

O vídeo de Lídia saindo do hospital foi visto por milhares de pessoas nas redes sociais. Sob aplausos, ela caminha ao lado dos enfermeiros que a homenageiam (veja o vídeo).

“As enfermeiras foram muito boas comigo. Estou feliz com as pessoas que conheci lá, fui tratada como se tivesse com meus filhos. Eu pensava que quem entrava lá não saía, mas eu saí”, afirma.

A outra filha de Lídia, Josélia Cristina Da Silva, diz que o momento é de esperança.

“Minha irmã também estava internada com o mesmo problema e estava sendo difícil para a gente aqui em casa. Minha mãe nunca ficou internada, de repente pegou essa doença. Isso dá esperança para outras pessoas, que acreditam que podem sair e que vão sobreviver. Tem que ter fé em Deus e força”, finaliza.

Com informações do G1.