
Os principais fabricantes de respiradores do Brasil não têm estoque do equipamento para entrega imediata e devem levar ao menos 15 dias para fornecer uma nova remessa aos hospitais.
Os aparelhos são fundamentais para a manutenção da vida de pacientes com quadro graves de infecção pelo coronavírus.
Sem a possibilidade de novas entregas imediatas, o país pode iniciar o período de pico da doença sem respiradores suficientes, segundo levantamento realizado pelo Ministério da Saúde.
“O ministério solicitou apoio das associações da indústria para identificar qual o grau de disponibilidade de 15 mil equipamentos. O que tivemos de resposta dos associados foi que a disponibilidade imediata é praticamente nula e só teremos algum grau de disponibilidade em 15 dias”, afirmou Fernando Silveira Filho, presidente executivo da Associação Brasileira de Alta Tecnologia de Produtos para a Saúde (Abimed).
Ele esclareceu que o cenário se refere à produção nacional e não considera a compra de equipamentos importados devido à alta demanda mundial.
Fernando detalha que, no ano passado, os fabricantes associados à Abimed produziram 2,5 mil respiradores, mas destaca que as indústrias estão aumentando a produção.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 65.411 respiradores, dos quais 46.663 estão disponíveis no SUS. O levantamento feito pelo Estado no portal Datasus mostra que 3.639 desses aparelhos estão fora de uso por algum problema.
No entanto, algumas empresas estão à frente de uma força-tarefa para consertar os equipamentos ou fabricar novos dispositivos em tempo recorde, como a General Motors, PSA Peugeot e Citroën.
Fonte: A Tribuna