
O Brasil está passando na frente com sua campanha de vacinação contra Covid-19 e, diferente de mais de 50 países, já superou a meta mínima de imunização estipulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10% das populações dos países completamente vacinados até o final de setembro.
O Brasil tem mais de 42% da população completamente imunizada. A União Europeia tem cerca de 62%, e os Estados Unidos vacinou 55%.
A maioria dos países que não atingiram essa meta está na África, com uma média de 4,4% de pessoas totalmente vacinadas. Grande parte são países de baixa renda, que lutam contra a falta de vacinas e problemas de infraestrutura de saúde.
Outros países sofrem com conflitos sociais, desastres naturais ou atraso na entrega dos imunizantes como, por exemplo, Taiwan, que é uma nação rica, mas não recebeu a quantidade suficiente de vacina e outros problemas, que deixaram o índice de imunização completa abaixo da meta de 10%.
“Muitos dos países [mais vacinados] estão nas faixas de renda média-alta ou alta e adquiriram vacinas diretamente dos fabricantes”, explicou a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti.
No caso do governo africano, os representantes da população contaram com acordos bilaterais, doações e compartilhamento de vacinas da Covax para iniciar os programas de imunização.
A meta da OMS é vacinar totalmente 40% da população mundial até o final de 2021. No entanto, a Covax reduziu a previsão de doses que devem ser entregues na África, de 620 milhões para cerca de 470 milhões.
Com isso, apenas 17% da população do continente deve conseguir se vacinar. Com isso, a África deve atingir a meta de 40% no final de março de 2022.
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