Um acordo de licença voluntária foi anunciado, nesta terça-feira (16), pela farmacêutica americana Pfizer, que vai permitir a fabricação e fornecimento de genéricos de seu comprimido para a Covid-19.
Com o trato, fabricantes de genéricos que ao redor do mundo que obtenham uma sublicença poderão manufaturar o remédio e fornecê-lo a 95 países. O Brasil, entretanto, não está incluído nessa lista: o país terá que comprar o medicamento diretamente da Pfizer, provavelmente a preços mais altos do que os das versões genéricas.
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Ao jornal americano “The New York Times”, o brasileiro Felipe Carvalho, coordenador da campanha da ONG Médicos Sem Fronteiras pelo acesso a medicamentos no Brasil, lamentou a exclusão do país do acordo. “É escandaloso que um país com uma carga pesada [na pandemia] como o Brasil seja mais uma vez deixado para trás no acesso ao tratamento”, disse Carvalho. Até segunda-feira (15), o país já havia registrado 611.384 mortes pela Covid-19.
Os fabricantes de genéricos têm até 6 de dezembro para manifestar interesse em fabricar o remédio; fabricantes brasileiros poderão participar, mas suas “versões” do medicamento só poderão ser exportadas – e não vendidas para o mercado nacional, segundo a “Associated Press”.